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Médicos franceses visitaram soldado israelense Shalit no cativeiro, diz jornal
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da Efe, em Jerusalém
da Folha Online
Quatro médicos franceses visitaram na semana passada o soldado israelense Gilad Shalit, capturado por três milícias palestinas em junho de 2006 e levado para um local secreto na faixa de Gaza, afirma neste domingo o jornal árabe "Al Hayat", com sede em Londres. O anúncio vem em meio a rumores de que a libertação de Shalit está próxima, com acordos estabelecidos entre Israel o grupo palestino Hamas, que controla Gaza, para troca de prisioneiros.
Os franceses, de diferentes especialidades, fizeram um exame médico completo no militar e, segundo o jornal, foram acompanhados pelo mediador alemão nas negociações para uma troca de prisioneiros. Eles viajaram até a faixa de Gaza vindos do Cairo, no Egito. Eles atravessaram a passagem de Rafah.
Jim Hollander02out.09/Efe |
Última aparição do soldado Shalit foi em um vídeo divulgado pela imprensa israelense |
Esta é a primeira vez que se sabe que Shalit foi visitado por observadores estrangeiros.
Segundo a fonte citada pelo jornal, a autorização da visita faz parte dos gestos de boa vontade perante uma troca de prisioneiros com Israel, um acordo que parece atrasar apesar das informações em diferentes meios de imprensa locais e internacionais há várias semanas.
As milícias que retêm Shalit exigem a libertação de mil presos palestinos.
"Al-Hayat" afirma ainda que aviões-espiões não pilotados israelenses sobrevoaram Gaza durante a visita dos quatro médicos a Shalit. O Hamas, explica o jornal, recebeu garantias do mediador alemão que não haveria ataques israelenses durante a visita e que as forças de Israel não tentariam uma operação de resgate.
Segundo o jornal, Shalit está em um local altamente vigiado e com diversas armadilhas para que não haja chances de fuga ou resgate.
As negociações para uma troca prosseguem com a mediação da Alemanha e Egito, e, segundo as últimas informações, as duas partes discordam sobre a identidade dos últimos 50 presos a serem libertados.
Sequestro
Shalit foi sequestrado por comandos do Hamas, dos Comitês de Resistência Popular e de um desconhecido Exército Islâmico em 25 de junho de 2006, durante uma operação do Exército israelense na faixa de Gaza, segundo a versão palestina, e em sua base em território israelense perto do limite de Gaza, segundo a versão israelense.
Quando capturado, Shalit era cabo e tinha 19 anos. Ele foi promovido a sargento durante seu sequestro e estaria em alguma parte da faixa de Gaza, dominada pelo Hamas desde 2007, quando o secular Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, foi expulso do território à força.
Desde então, Shalit se transformou em tema central das negociações entre palestinos e israelenses, embora todas as tentativas feitas com mediação egípcia para conseguir sua libertação tenham fracassado. Em troca, os palestinos exigem a soltura de centenas de presos palestinos.
Com a mediação de Egito e Alemanha, o acordo avançou e há semanas a imprensa israelense noticia que a soltura está próxima. O Hamas chegou a divulgar recentemente o primeiro vídeo de Shalit no cativeiro. No passado, diálogos tinham rendido apenas o envio de algumas cartas e um áudio. Israel mantêm mais de 10 mil palestinos prisioneiros.
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