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07/12/2009 - 09h53

EUA vão demorar a sair do Afeganistão, diz Gates

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da Folha de S. Paulo

O governo do presidente Barack Obama fez ontem uma ofensiva de propaganda em defesa da nova estratégia dos EUA para a Guerra do Afeganistão, anunciada na terça-feira e, nos dias seguintes, criticada tanto por republicanos quanto por democratas.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o secretário da Defesa, Robert Gates, apareceram juntos em três tradicionais programas de entrevista aos domingos da TV americana para tentar "explicar" o aspecto mais criticado do plano de Obama: a previsão de uma rápida retirada das tropas do país centro-asiático.

Gates afirmou que apenas umas poucas tropas sairão do país daqui a um ano e meio.

Em discurso na última terça, Obama anunciou o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão, para tentar combater o recrudescimento dos ataques do Taleban, ao mesmo tempo em que prometeu iniciar a retirada das tropas em julho de 2011.

Os críticos republicanos afirmam que, ao estabelecer uma data -ainda mais tão próxima- para deixar o país, o governo dos EUA dá sinais de fraqueza, incentiva seus inimigos e cria dúvidas em seus aliados locais quanto à conveniência de combater ao lado de um Exército que os abandonará. O próprio presidente afegão, Hamid Karzai, levantou ontem dúvidas sobre a capacidade das forças locais de assumir a segurança do país em 2011.

Gates disse ontem, no entanto, que a data não é "inflexível". Seu sentido, afirmou, é enviar uma mensagem, dar um "sentido de urgência" ao governo afegão, indicando que eles também precisam se comprometer a intensificar os combates contra o Taleban. "Será o início de um processo", insistiu. "Nós permaneceremos numa posição primeiro tática, depois estratégica, de supervisão."

Hillary, por sua vez, afirmou que a data não é um limite para a presença americana no país.

O general David Petraeus, chefe do Comando Central dos EUA, compareceu a outro programa de entrevistas, na conservadora Fox News, para insistir na mensagem. A data estabelecida por Obama, disse, não acionará uma "corrida para a saída", mas sim o início de uma transição de poder militar.

Por fim, o assessor de segurança nacional da Casa Branca James Jones foi à CNN levar a mesma mensagem.

O plano defendido pelos EUA sofreu um ligeiro revés ontem. O primeiro-ministro turco anunciou que seu país não enviará novos soldados ao Afeganistão, como Obama pediu aos países da Otan.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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