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21/12/2009 - 12h04

Ex-premiê de Israel se declara inocente em caso de corrupção

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da Folha Online

O ex-premiê israelense Ehud Olmert se declarou inocente nesta segunda-feira no tribunal do distrito de Jerusalém, onde enfrenta acusação de corrupção que o forçou a renunciar ao cargo no ano passado.

"Em nome de meu cliente, quero aproveitar esta oportunidade para negar categoricamente todas acusações contra ele", declarou o advogado Elie Zohar no reinício do processo.

Gil Cohen Magen-25set.09/Reuters
O ex-premiê de Israel Ehud Olmert, 64, chega ao tribunal de Jerusalém onde será julgado por escândalos de corrupção
Ex-primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert nega as acusações de corrupção, fraude, abuso de confiança e evasão de impostos

Olmert é acusado de fraude, abuso de confiança, utilização de falsificações e fraude fiscal. Especialistas dizem que, se for considerado culpado, ele poderá receber uma pena de até cinco anos de prisão por cada uma das quatro acusações. Esta é a primeira vez na história de Israel que um ex-premiê é julgado.

No início do processo, em 25 de setembro, Olmert já havia alegado inocência e disse estar convencido de que a corte "limparia qualquer suspeita".

A acusação afirma que ele recebeu pagamentos em dinheiro de um empresário americano, privilegiou interesses de clientes de um ex-parceiro em uma firma de advocacia e cobrou em dobro instituições de caridade por despesas de levantadores de fundos de campanha.

Os supostos crimes teriam sido cometidos quando Olmert estava nos cargos de prefeito de Jerusalém e ministro do Comércio (2003-2006). Shula Zaken, assistente e ex-chefe de escritório de Olmert, também será acusada por várias acusações, entre outros, o de escutas ilegais.

Denúncias

No caso da agência de viagens Rishon Tours, a Procuradoria acusa o ex-chefe do Governo israelense de ter apresentado contas duplicadas a diferentes organismos e instituições para reembolso de despesas com viagens ao exterior realizadas entre 1993 e 2003, quando Olmert era prefeito de Jerusalém.

Aparentemente, a agência depositava a diferença em uma conta privada em nome do premiê, que depois era usado para custear suas férias e as de seus parentes. Além disso, a Procuradoria acusa Olmert de ter recebido durante uma década grandes quantias de dinheiro do empresário americano Morris Talansky.

De acordo com o indiciamento, o ex-dirigente israelense incorreu nos delitos de fraude, abuso de confiança, evasão de impostos, violação da chamada Lei do Presente e não declaração de receita. Olmert também teria incorrido, segundo a Procuradoria, nos crimes de conflito de interesses, quebra da confiança e fraude, ao conceder favores pessoais e beneficiar seu ex-sócio e amigo Uri Messer, no caso conhecido como o "Investment Center".

Com France Presse e Associated Press

 

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