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25/12/2009 - 07h46

Colômbia reforça segurança de governadores após assassinato de Cuéllar

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da Ansa, em Bogotá (Colômbia)
da Folha Online

O governo da Colômbia prometeu nesta sexta-feira reforçar a segurança dos governadores do país após o assassinato de Luis Francisco Cuéllar, governador do Departamento (Estado) de Caquetá, que foi sequestrado e morto no início da semana. Os familiares de Cuéllar reclamaram da pouca segurança para o governador, vítima de vários sequestros e ameaças.

O ministro da Defesa, Gabriel Silva, disse que seu gabinete emitirá uma ordem nesta segunda-feira (28) para que o Exército e a polícia ampliem sua "vigilância e presença" para patrulhar de maneira mais eficiente o trânsito dos governadores e também suas residências.

Cuéllar foi sequestrado em sua casa, em Florencia, capital de Caquetá, sul do país, por um grupo de dez homens armados que usavam roupas militares. Seu corpo foi encontrado degolado horas depois, a cerca de 15 km da cidade.

Luis Fernando Cuéllar, filho do governador, disse à imprensa nesta semana que apenas três policiais faziam a segurança do pai, embora este tenha sido sequestrado outras quatro vezes.

Ele revelou ainda que, horas antes do rapto, um dos seguranças do governador disse para a família ter "muito cuidado", já que circulavam rumores de um possível atentado contra o político.

A mulher de Cuéllar, Imelda Galindo, afirmou que, muitas vezes, a equipe ficava reduzida para apenas um policial na casa deles --como na noite em que o governador foi sequestrado em sua própria casa por um grupo armado com cerca de dez homens, usando roupas militares.

Na ação, o único policial que fazia a segurança do governador morreu. Outros dois policiais, que se aproximaram após a explosão de uma granada jogada pelos sequestradores, ficaram feridos.

O governo atribuiu o crime às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), mas a Agência de Notícias Nova Colômbia (Anncol), ligada ao grupo, divulgou um comunicado no qual coloca em dúvida o envolvimento da guerrilha.

O texto acusa o governador morto de manter vínculos com paramilitares e diz que "toda a responsabilidade" pelo homicídio deve ser atribuída ao presidente Álvaro Uribe, que rejeitou negociações e ordenou que as Forças Armadas fizessem uma operação para localizar e resgatar o político.

"Quando o presidente ordena o resgate a sangue e a fogo, não se pode esperar outro resultado", diz a nota.

Busca

O ministro da Defesa afirmou que o Exército manterá suas operações em Caquetá para localizar os autores do crime. Segundo ele, os responsáveis já estão identificados, e "não há nenhuma dúvida" de que foram membros das Farc.

O corpo de Cuéllar chegou nesta quinta-feira em um avião da polícia a Bogotá, onde foi enterrado. O presidente Uribe esteve no aeroporto militar da capital para receber os restos mortais e a família do governador.

Este foi o primeiro sequestro de uma grande autoridade na Colômbia desde a posse de Uribe, em agosto de 2002, quando teve início a política de "segurança democrática", que privilegia a estratégia militar para combater a guerrilha.

As Farc, com mais de 6.000 combatentes, são a mais antiga guerrilha da Colômbia, com 45 anos de luta armada. A guerrilha mantém 24 militares e policiais reféns, alguns com mais de dez anos de cativeiro, e sua meta é trocá-los por 500 rebeldes presos --proposta já rejeitada por Uribe.

 

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