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26/12/2003 - 21h00

Número de mortos em terremoto no Irã pode chegar a 20 mil

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da Folha Online

O terremoto que atingiu nesta sexta-feira o sudeste do Irã pode ter deixado cerca de 20 mil mortos e cerca de 50 mil feridos, segundo fontes não-oficiais consultadas por agências de notícias.

A cidade histórica de Bam --um dos maiores patrimônios do país-- e sua periferia foram atingidas hoje por um terremoto de 6,3 graus na escala Richter.

Os dados sobre o número de mortos são confusos. Segundo funcionários do governo da Província de Kerman --que foram citados pelas agências de notícias Reuters e France Presse e pediram anonimato-- 20 mil pessoas morreram e 50 mil ficaram feridas.

Cerca de 2.000 vítimas já foram enterradas, segundo a agência oficial iraniana Irna.

Escombros

O governo decretou três dias de luto nacional.

"A prioridade é socorrer os feridos que ainda estão sob os escombros, e que podem sofrer com o frio", afirmou o ministro iraniano do Interior, Abdolvahe Mussavi Lari.

Um jornalista da France Presse que foi ao local da tragédia viu dezenas de corpos sendo retirados dos escombros, nesta cidade famosa por um antigo bairro, todo construído com argila.

Algum tempo antes, um deputado da Província de Kerman, Ali Hachemi, havia dito que "na região, a maioria das construções são edificadas com tijolos de barro", pouco resistentes aos terremotos.

De acordo com o Centro de Geofísica da Universidade de Teerã, o terremoto ocorreu às 5h28 locais (23h58 de Brasília), 180 km a leste da cidade de Kerman e quase 1.000 km ao sudeste de Teerã.

Ajuda

O Irã solicitou ajuda internacional imediatamente depois do terremoto. "Precisamos de cães, aparelhos de detecção, cobertores, remédios, alimentos, e casas pré-fabricadas, pois o inverno está chegando", informou em comunicado o centro encarregado das catástrofes naturais.

Vários países ofereceram rapidamente sua ajuda. Quatro equipes de socorristas russos, acompanhadas de cães farejadores treinados especificamente para procurar vítimas debaixo dos escombros, devem partir de Moscou hoje.

Cerca de 60% das construções do distrito de Bam e as aldeias próximas foram totalmente ou parcialmente destruídas. Uma ponte aérea foi estabelecida entre Bam e Kerman para retirar os feridos, informou o governador.

Segundo outro deputado de Kerman, Hossein Marachi, citado pela Irna, as autoridades criaram em Kerman uma célula de crise, enquanto foram enviados helicópteros à área devastada. A Força Aérea enviou dois aviões de transporte C-130 com material de resgate e ferramentas médicas.

Destruição

A televisão mostrou imagens de centenas de iranianos que se mobilizaram nos hospitais de Teerã para doar sangue aos feridos.

Várias réplicas do terremoto foram registradas. A mais violenta ocorreu às 6h36 locais (1h06 de Brasília).

Totalmente destruída, a cidadela medieval de Arg E Bam era uma jóia do patrimônio do Irã, com 300 metros de comprimento e 200 metros de largura. Foi utilizada como cenário no filme "O deserto dos Tártaros" (1976), adaptado do livro de Dino Buzzati.

Este terremoto é o mais importante registrado na região desde 1998, segundo o Observatório de Ciências e da Terra de Estrasburgo (leste da França).

Com agências internacionais

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