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03/01/2004 - 20h54

Problema técnico provocou queda de avião egípcio, dizem autoridades

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da Folha Online

A queda do Boeing 737 da companhia egípcia Air Flash foi provocada por "problemas técnicos", informou o Ministério de Aviação Civil do Egito. Os técnicos descartaram qualquer possibilidade de a aeronave ter sido alvo de ação terrorista.

O avião caiu hoje no mar Vermelho, pouco depois de decolar da estação turística de Sharm el Sheik, que fica 500 km a sudeste do Cairo, no Egito, com 148 pessoas a bordo. Pelo menos 133 eram turistas franceses.

O acidente matou famílias inteiras, segundo autoridades que participam da operação de busca dos corpos. As equipes descartam a possibilidade de haver sobreviventes. A lista completa com os nomes dos passageiros ainda não foi divulgada.

O governo francês, que encaminhou uma equipe para ajudar a investigar as causas do acidente, também descartou a possibilidade de um atentado terrorista.

"A hipótese de acidente é a mais aceita até agora e nada indica que possa se tratar de outra coisa', disse o ministro de Transportes da França, Gilles de Robien.

Segundo o jornal "Al Ahram", o presidente egípcio, Hosni Mubarak, se dispunha a viajar hoje a Sharm el Sheik para um encontro com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que está passando alguns dias de férias nesta localidade do mar Vermelho.

O avião, operado pela companhia egípcia Flash Airlines, desapareceu dos radares minutos depois de decolar do aeroporto de Sharm el Sheik às 4h44 locais (0h44 em Brasília) e afundou em alto mar a alguns quilômetros do local.

O vice-ministro de Transportes da França, Dominique Bussereau, declarou hoje que o piloto do vôo da Flash Airlines detectou problemas logo após decolar e tentou retornar, mas não conseguiu.

Thomas Noack/Reuters

Foto de arquivo do Boeing 737-300 da Flash Air no aeroporto Charles de Gaulle, perto de Paris
O avião levou apenas 17 segundo para cair no mar, segundo dados preliminares apurados pelos técnicos. Ainda há discordância sobre as nacionalidades das vítimas. Uma autoridade da embaixada da França no Cairo informou, sob condição de anonimato, que a lista de passageiros incluía 133 turistas franceses, um marroquino e 13 membros da tripulação, entre eles egípcios e marroquinos.

O governo francês montou um posto de atendimento às famílias das vítimas no aeroporto, para onde se destinava o Boeing. Centenas de pessoas estão no local em busca de informações sobre familiares.

Sem sobreviventes

"Todas as pessoas a bordo do avião morreram", declarou à imprensa Osama al Sayed, diretor da companhia particular egípcia proprietária do aparelho, Flash Air, no aeroporto do Cairo.

Tropas egípcias enviaram helicópteros e barcos de patrulha para a região onde o Boeing 737 desapareceu, mas as equipes de emergência encontraram apenas um cadáver e partes de corpos boiando em meio aos destroços.

As autoridades do aeroporto do Cairo disseram que unidades da Marinha e da Força Aérea dirigem as operações de busca de corpos, mas a agência de notícias egípcia Mena informou que só tinha sido resgatado um cadáver até agora.

A televisão egípcia assinalou que o avião chegou às 3h30 locais de Veneza, transportando turistas italianos, e decolou uma hora mais tarde de Sharm el Sheik com os turistas franceses, segundo uma fonte citada pela agência "Mena".

De acordo com a fonte, o avião faria uma rápida escala no aeroporto do Cairo para reabastecimento e seguiria então para a capital francesa, com previsão de aterrissar no aeroporto Charles de Gaulle às 9h locais em Paris.

O acidente ocorreu poucos dias depois de outro semelhante na pequena nação africana de Benin, quando um Boeing da companhia UTA, estabelecida na Guiné, caiu logo depois de decolar do aeroporto da capital, Cotonu, com um balanço de 139 mortos, em sua maioria libaneses.

Também coincide com o cancelamento nos últimos dias de pelo vários vôos procedentes da França, Reino Unido e México para os Estados Unidos.

Resgate

As equipes de resgate já recuperaram alguns corpos e partes de corpos das vítimas do acidente. A Itália enviou marinheiros dos navios de guerra da força multinacional posicionada no Sinai para participar das buscas.

"Restos de corpos foram recuperados", afirmou o ministro egípcio da Aviação Civil, Ahmed Shafik, à televisão egípcia, acrescentando que também foram recuperados pedaços do avião por lanchas das equipes de resgate.

As buscas continuam para tentar encontrar a caixa preta do aparelho e determinar de maneira definitiva as causas do acidente. Pequenos destroços do aparelho foram recuperados pelos socorristas, como mostraram imagens divulgadas pela televisão egípcia.

Com agências internacionais

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