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06/01/2010 - 06h33

Seul acredita que a Coreia do Norte começou a enriquecer urânio nos anos 90

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da Folha Online

O ministro sul-coreano de Exteriores, Yu Myung-hwan, disse hoje que a Coreia do Norte pode ter iniciado seu programa de enriquecimento de urânio nos anos 90, apesar de em 1994 ter acertado com os EUA em Genebra o abandono de seu arsenal nuclear.

"O que está claro é que a Coreia do Norte iniciou o enriquecimento de urânio para fabricar armas nucleares", possivelmente "pouco depois da assinatura do acordo de Genebra ou pelo menos em 1996", assinalou Yu em uma entrevista à agência de notícias sul-coreana "Yonhap".

No entanto, o ministro sul-coreano afirmou que não se sabe em que fase se encontra o enriquecimento de urânio do regime comunista norte-coreano ou que quantidade possui desse material.

A Coreia do Norte assinou em 1994 o acordo marco de Genebra com os EUA, no qual se comprometeu a congelar suas atividades nucleares com fins militares em troca da construção de dois reatores de água leve.

Embora em 2002 tenha surgido suspeita sobre seu programa de enriquecimento de urânio, a Coreia do Norte negava sua existência.

No entanto, em setembro passado, o regime norte-coreano anunciou que realizou um teste bem sucedido deste programa, e o enriquecimento de urânio estava na fase de finalização.

O Governo dos EUA suspeita há anos que o país comunista desenvolveu um programa secreto de enriquecimento de urânio para fabricar armas nucleares, embora vários analistas acreditem que o país não pode fazê-lo em grande escala.

Além disso, acredita-se que a Coreia do Norte possui plutônio suficiente para fabricar oito armas nucleares.

Em todo caso, o chefe da diplomacia sul-coreano se mostrou confiante em que a Coreia do Norte retorne em breve à mesa de diálogo de seis lados para seu desarmamento nuclear "para evitar a crise econômica que enfrenta".

A Coreia do Norte se comprometeu em 2007 em marco da reunião a seis (as duas Coreias, Japão, Rússia, EUA e China) a desmantelar seu programa nuclear em troca de incentivos políticos e econômicos.

Esse diálogo nuclear está paralisado desde final de 2008 embora em novembro passado a Coreia do Norte tenha anunciado que acertou, com os EUA, entendimento comum sobre a necessidade de retomar o diálogo nuclear durante a visita do enviado especial americano, Stephen Bosworth, a Pyongyang.

 

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