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Egito condena agressões a imigrantes no sul da Itália
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da Ansa, no Cairo (Egito)
O ministro das Relações Exteriores do Egito, Ahmed Abul Gheit, condenou nesta terça-feira as agressões sofridas na semana passada por imigrantes de seu país no sul da Itália. Ele exigiu ainda que Roma garanta a proteção deles.
Em um comunicado oficial, Gheit denunciou o que considera uma "campanha de agressão" contra os "imigrantes e as minorias árabes e muçulmanas na Itália". Segundo o chanceler, o governo italiano deve "tomar as medidas necessárias para a proteção dessas minorias".
O tema será abordado no próximo sábado (16), em uma reunião entre Gheit e seu colega italiano, Franco Frattini, que iniciou nesta segunda-feira uma viagem por sete países da África, incluindo o Egito.
Confrontos entre imigrantes, a polícia e moradores locais deixaram mais de 60 pessoas feridas na semana passada na cidade de Rosarno, na Calábria. Após os enfrentamentos, centenas de africanos foram transferidos para centros de desabrigados em Bari e Crotone.
O comunicado divulgado no Cairo relata que "incidentes similares" têm sido cada vez mais frequentes de acordo com dados levantados por organizações de defesa dos direitos humanos.
A Chancelaria egípcia faz ainda um apelo à comunidade internacional para que intervenha na questão da "discriminação religiosa, racial e do ódio contra os estrangeiros, para evitar que este tipo de incidente se repita no futuro".
O chefe da diplomacia italiana, por sua vez, afirmou, em uma entrevista publicada pelo jornal católico "Avvenire", que a solução para a questão passa pelo combate às empresas que contratam imigrantes ilegais. Na entrevista, Frattini defendeu severas punições para quem se utiliza desse tipo de mão de obra.
Segundo o chanceler italiano, tal prática "é uma vergonha que produz incivilidade e é uma ajuda direta à imigração clandestina".
"O que aconteceu em Rosarno é a violação clara dos princípios de uma diretiva europeia que eu propus e que o Parlamento Europeu aprovou. [O documento] previa sanções duras contra os empresários que contratam trabalhadores clandestinos e os exploram", ressaltou.
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