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13/01/2010 - 08h13

Três soldados jordanianos morreram no terremoto no Haiti, diz militar

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da France Presse, em Amã (Jordânia)
da Folha Online

Três soldados jordanianos da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) morreram no terremoto devastador que atingiu o Haiti nesta terça-feira, causando grande destruição principalmente na capital, Porto Príncipe, segundo uma fonte militar citada pela agência de notícias France Presse. Ainda não há um número oficial de mortos, apenas as declarações dos governos estrangeiros com cidadãos no país.

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Segundo a fonte militar, que não foi identificada, outros 21 jordanianos ficaram feridos em consequência do terremoto de magnitude 7 que aconteceu às 16h53 (19h53 em Brasília), a cerca de 16 km da capital haitiana.

A France Presse identifica as vítimas como os majores Atta Issa Hussein e Ashraf Ali Jayus e o cabo Raed Faraj Kal-Khawaldeh. A mesma fonte afirmou que nenhum dos 21 feridos corre risco de morte.

A Jordânia tem 1.497 soldados na missão de paz da ONU no país, a Minustah --que conta com 7.000 soldados e 2.000 policiais de várias nacionalidades.

Reuters
Pessoas passam pelas ruínas de um dos prédios destruídos pelo terremoto de 7 graus que devastou Haiti
Pessoas passam pelas ruínas de um dos prédios destruídos pelo terremoto de 7 graus que devastou Haiti

A imprensa estatal chinesa informou que pelo menos oito soldados chineses foram soterrados, e que outros dez estão desaparecidos.

Jornalistas da agência Associated Press descrevem danos graves e generalizados pelas ruas, onde sangue e corpos podem ser vistos. Segundo a agência, dezenas de milhares de pessoas estão desabrigadas. A rede de TV CNN informou que possui imagens de mortos pelas ruas da capital haitiana, mas que são muito fortes para exibição.

O forte terremoto destruiu prédios e matou um número ainda incerto de pessoas, em um dos países mais pobres do mundo. Sem levantamentos oficiais e em meio a um colapso nas comunicações, fontes médicas e humanitárias preparam-se para a possibilidade de haver milhares de mortos, incluindo os estrangeiros da força de paz das Nações Unidas, liderada há cinco anos pelo Brasil.

O Ministério de Relações Exteriores do Brasil informou em comunicado nas primeiras horas desta quarta-feira que o Brasil sofreu "sérios abalos, mas não houve vítimas entre os funcionários brasileiros". O ministério não sabe informar, contudo, sobre os soldados brasileiros.

O Brasil comanda cerca de 7.000 soldados da Minustah no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem cerca de 1.300 homens na região.

Mesmo prédios importantes como o palácio presidencial e a sede da missão da ONU não resistiram e sofreram sérios danos. O subsecretário-geral para Operações de Paz da ONU, Alain Le Roy, disse em um comunicado divulgado em Nova York que a sede da missão sofreu graves danos, juntamente com outras instalações das Nações Unidas e que um grande número de pessoas que trabalham para a organização continuava desaparecido.

Há relatos de casas que caíram de barrancos e de um hotel de luxo que teria desabado, soterrando 200 pessoas. Repórteres e testemunhas relatam grande destruição e cenas sangrentas na capital, Porto Príncipe.

As comunicações foram em grande parte interrompidas, tornando impossível obter um quadro completo sobre os danos, enquanto vários tremores que se seguiram ao grande sismo continuaram a assustar a população do país, onde muitas construções são precárias. A eletricidade foi cortada em alguns lugares.

Os embaixadores do Haiti no México e nos Estados Unidos informaram que o presidente René Préval está vivo, apesar do colapso do palácio presidencial

"A situação é muito grave", especialmente nos bairros mais populares, disse Manuel durante uma entrevista coletiva de no Ministério das Relações Exteriores do México, após conversar com o vice-chanceler mexicano, Salvador Beltrán.

Danos

O embaixador haitiano nos EUA, Raymond Alcide Joseph, demonstrou preocupação com os efeitos do terremoto, a partir dos danos a prédios governamentais.

"Se esses prédios estão danificados, você pode imaginar o que aconteceu com todas aquelas frágeis residências ao redor de Porto príncipe, nas encostas dos morros?", perguntou.

Ele lembrou seu desânimo crescente com a construção de barracos não regulamentados nas encostas dos morros, e como ele tinha escrito um artigo há alguns anos, dizendo que isso era uma "catástrofe".

Um funcionário do governo americano relatou ter visto casas que tinham caído em um barranco.

Um cinegrafista da agência Associated Press viu um hospital destruído em Petionville, perto da capital, bairro que abriga muitos diplomatas e haitianos ricos, assim como muitas pessoas pobres.

Em uma das primeiras informações disponíveis com número estimado de vítimas, o secretário francês para a Cooperação, Alain Joyandet, disse, em Paris, que cerca de 200 pessoas estariam sob os escombros do hotel Le Montana, um dos mais luxuosos de Porto Príncipe.

Com os telefones sem serviço, algumas das comunicações são feitas por meio de redes sociais na internet, como o Twitter. Richard Morse, um músico bem conhecido que gerencia o famoso Olafson Hotel, manteve um fluxo de relatos sobre as réplicas do tremor e os relatórios de danos.

Efeitos

A maior parte dos 9 milhões de haitianos vivem em profunda pobreza, e, após anos de instabilidade política, o país não tem normas reais de construção. Em novembro de 2008, após o colapso de uma escola em Petionville, o prefeito de Porto príncipe estimou que cerca de 60% por cento dos edifícios eram construídos de forma precária.

O terremoto foi sentido na vizinha República Dominicana, que compartilha a fronteira com o Haiti, na ilha de Hispaniola, e deixou em pânico moradores da capital, Santo Domingo, muitos dos quais fugiram de suas casas. Mas nenhum dano maior foi relatado.

No leste de Cuba, casas balançaram, mas também não houve relatos de danos significativos.

Arte/Folha Online
 

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