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Irã julga 16 acusados de participar de manifestações após eleição
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da Reuters, em Teerã
Começou neste sábado o julgamento de 16 manifestantes acusados de causar revoltas após a polêmica eleição presidencial iraniana em junho, enquanto a Guarda Revolucionária alertou a população contra futuros protestos. Cinco dos réus são acusados de levantar guerra contra Deus enquanto os demais enfrentam inquéritos de violações à ordem pública e à segurança nacional, informou o website do tribunal.
Todos os acusados foram presos depois de oito pessoas terem morrido em confrontos entre partidários da oposição e forças de segurança durante a Ashura, o dia santo de orações para os xiitas, em 27 de dezembro.
A Guarda Revolucionária do Irã já alertou os grupos de oposição a não realizarem protestos no dia 11 de fevereiro que vem, aniversário da revolução de 1979. Sites oposicionistas têm convidado pessoas para manifestações contra o governo nesse dia. Grandes protestos ocorridos após a eleição presidencial de junho jogaram o Irã em sua maior crise interna desde a queda do xá.
'Sob condição alguma deixaremos o 'movimento verde' [cor da oposição] aparecer. Se uma minoria quiser fazer algo, será firmemente confrontada', disse o general-brigadeiro Hossein Hamedani, comandante da Guarda Revolucionária de Teerã, à agência de notícias Isna.
O verde foi a cor adotada pelos partidários de Mir Hossein Mousavi, ex-chanceler que perdeu para o linha-dura Mahmoud Ahmadinejad, na eleição de junho, alvo de diversas denúncias de fraude. A cor foi depois assumida por todo o movimento oposicionista do Irã.
Execução
Também hoje, o Irã enforcou dois presos acusados de estupro, na prisão de Evin, informou a agência de notícias Fars. Os crimes de homicídio, estupro, roubo, adultério, narcotráfico e apostasia são alguns dos puníveis com a morte, conforme a sharia (lei islâmica).
Grupos de defesa dos direitos humanos dizem que o Irã tem uma das mais altas taxas de execução do mundo.
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