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16/02/2010 - 10h22

Rússia diz que ninguém pode excluir sanções contra o Irã

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da Folha Online

O governo russo afirmou nesta terça-feira que não mudou sua postura em relação a uma nova rodada de sanções contra os avanços do programa nuclear iraniano, mas que medidas punitivas não devem ser excluídas caso Teerã não cumpra suas obrigações.

A porta-voz do presidente Dmitri Medvedev, Nataliya Timakova, citada pela agência de notícias ITAR-Tass, disse que "ninguém pode excluir o uso de sanções" e que o Irã deve melhorar a cooperação com a agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e reduzir os temores internacionais sobre possíveis fins militares de seu programa nuclear.

"A Rússia considera que o Irã precisa trabalhar mais ativamente e mais amplamente com a AIEA e com outros países, providenciando informações sobre seu programa nuclear", disse Timakova a repórteres.

"A comunidade internacional precisa ter certeza que o programa nuclear iraniano é pacífico. Se estas obrigações não forem cumpridas, ninguém pode excluir o uso de sanções", completou.

A Rússia tradicionalmente rejeita sanções contra o Irã por seu programa nuclear, mas funcionários do governo mostram frustração crescente com a resistência do Irã em cooperar com a comunidade internacional por um acordo sobre seu programa nuclear.

Apesar de admitir a possibilidade do uso de sanções, a porta-voz foi firme ao dizer que a Rússia mantém firme sua postura cautelosa em relação a sanções --o que traz pouco alívio para os Estados Unidos, que lideram uma campanha por uma nova rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU em retaliação ao recente anúncio iraniano de que enriquece urânio a 20% em seu território.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse ter pressionado Moscou a apoiar sanções mais duras em seu encontro nesta segunda-feira com o presidente russo.

Timakova disse que Medvedev ressaltou a postura de Moscou sobre o Irã no encontro.

Teerã anunciou na semana passada planos para produzir urânio enriquecido a 20% para seu reator e construir mais dez usinas nucleares em apenas um ano. O urânio altamente enriquecido é suficiente para produzir isótopos médicos, mas pouco para os 90% necessários para uma bomba.

A produção, contudo, viola resoluções anteriores do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas), rompe com a proposta de acordo das potências para o enriquecimento do material em solo estrangeiro e aumenta temores de que Teerã mantenha programa secreto de fabricação de armas --como reiteraram EUA e Israel após o anúncio.

Para que uma nova rodada de sanções seja aprovada no Conselho de Segurança da ONU, os EUA têm que conseguir nove dos 15 votos do Conselho de Segurança e nenhum veto dos cinco membros permanentes --os próprios EUA, China, Rússia, Reino Unido e França.

A França deu apoio declarada às sanções. A Alemanha também citou a ameaça de sanções, enquanto o Reino Unido disse que os novos planos do Irã violam resoluções da ONU e que está preocupado com o anúncio.

Já a China defende firmemente a continuação do diálogo nuclear.

Com France Presse, Reuters e Associated Press

 

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