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16/02/2010 - 14h02

ONU alerta para vítimas civis em conflito na Somália; 80 morreram neste mês

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da Efe, em Nairóbi
da Folha Online

Ao menos 80 civis morreram e mais de 8.000 tiveram que abandonar suas casas em Mogadício nas duas primeiras semanas de fevereiro,afirmou nesta terça-feira o coordenador de ajuda humanitária da ONU (Organização das Nações Unidas) na Somália, Mark Bowden.

"Estou alarmado pelo elevado número de vítimas dos últimos confrontos, e são os civis os que mais sofrem com o conflito e a insegurança no país", afirmou Bowden em uma nota.

O conflito entre a milícia islâmica do Al Shabab e as tropas do governo de transição se intensificaram nos últimos dias na capital somali, onde ao menos cinco pessoas morreram nesta segunda-feira. Outras dez ficaram feridas nesta terça-feira em um atentado suicida contra o vice-ministro da Defesa, Yousef Siyad.

Segundo o representante da ONU, "o alto número de vítimas civis e de deslocados em Mogadício sugere o uso de força indiscriminada e desproporcional por todas as partes do conflito". Com base nisso, ele pediu "respeito à lei humanitária internacional" para que "os riscos à população" sejam minimizados.

A ONU estima que cerca de 8.300 pessoas de Mogadíscio tiveram que deixar suas casas desde 1º de fevereiro. Delas, aproximadamente 2.400 se instalaram em outras áreas da cidade, ao passo que o restante seguiu para um assentamento improvisado a 30 quilômetros da capital, onde já vivem 366 mil pessoas.

Segundo o comunicado das Nações Unidas, o pior confronto entre as forças do governo somali e os milicianos do Al Shabab foi registrado em 10 de fevereiro, quando 24 pessoas morreram e cerca de 160 ficaram feridas.

O Al Shabab alega querer unir todas as forças muçulmanas para criar na Somália um Estado Islâmico baseado em uma interpretação rigorosa da sharia, ou lei islâmica. O grupo, que controla áreas da Somália, fez execuções públicas e apedrejamentos. Violência e disputas pelo poder vêm causando destruição na Somália há duas décadas. Não existe um governo unificado no país desde 1991.

 

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