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Alemanha suspeita de Israel na morte de líder do Hamas, diz revista
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da Efe, em Berlim (Alemanha)
da Folha Online
A inteligência alemã defende que o assassinato do líder do grupo islâmico palestino Hamas Mahmoud Al Mabhouh, em Dubai, foi cometido pela unidade Kidon, encarregada de sequestros e assassinatos, do serviço secreto israelense (Mossad), segundo a revista alemã "Der Spiegel".
Mabhouh, um dos fundadores do braço militar do Hamas, foi encontrado morto em seu quarto em um hotel de Dubai no último dia 20 de janeiro, um dia após sua morte.
A polícia de Dubai revelou que 11 pessoas --dez homens e uma mulher-- são suspeitos de serem os responsáveis pelo assassinato. Eles utilizaram seis passaportes britânicos, três irlandeses, um francês e um alemão.
A espionagem alemã diz acreditar que o passaporte alemão é autêntico, diferentemente dos outros países europeus envolvidos.
Segundo a revista, o passaporte alemão utilizado por um dos suspeitos foi expedido em meados de 2009, na cidade de Colônia, a um israelense chamado Michael Bodenheimer.
Na ocasião, o israelense alegou ter raízes alemãs. Como prova, apresentou o "Livro de Família" dos pais, supostamente perseguidos pelos nazistas na Segunda Guerra (1939-1945).
O documento foi entregue pelo Registro Civil de Colônia em 18 de junho. Em 19 de janeiro deste ano, o mesmo passaporte foi usado por um suposto membro do Mossad para entrar em Dubai.
Segundo informações da "Der Spiegel", o endereço informado por Bodenheimer ao Registro Civil de Colônia é falso, o que motivou a Promotoria local a abrir uma investigação.
As pistas sobre Bodenheimer se perdem, de acordo com a publicação, na cidade israelense de Herzliya, onde, aparentemente, o suspeito viveu até junho do ano passado.
Mossad
O chefe da polícia de Dubai, o tenente Dahi Jalfan, disse nesta quinta-feira (18) em entrevista a um jornal árabe que os passaportes europeus não são falsos, apesar das alegações da França, do Reino Unido e Irlanda.
"Os oficiais dos serviços de imigração são treinados por especialistas de segurança europeus para detectar os passaportes falsos", afirmou Jalfan. "Aplicaram os procedimentos no aeroporto, no desembarque dos suspeitos, e não detectaram nenhuma falsificação", completou.
Segundo a imprensa israelense, o esquadrão da morte teria usurpado a identidade de pelo menos sete israelenses que possuem nacionalidades estrangeiras.
Jalfan afirmou ainda estar quase certo de que o Mossad, serviço secreto israelense, esteja por trás do assassinato.
"Nossas investigações mostram que o Mossad está envolvido no assassinato de Mahmoud Al Mabhoub. Em 99% de certeza, senão em 100%, o Mossad está por trás do crime", disse Jalfan, citado pelo jornal local escrito em inglês, "The National".
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