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Insulza diz que novo bloco América Latina-Caribe não competiria com OEA
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da France Presse, em Cancun (México)
da Folha Online
O secretário geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou em entrevista à rede americana CNN que um eventual novo bloco de países da América Latina e Caribe, tema da reunião do Grupo do Rio de Cancún, não competiria com a Organização dos Estados Americanos.
"Não vejo assim. Se trata mais de caminhar e estimular a integração. A OEA tem um papel importante a desempenhar em coisas de caráter hemisférico", declarou Insulza.
A respeito das críticas de países como Venezuela e Bolívia à presença dos Estados Unidos na OEA, o diplomata chileno admitiu que dentro do organismo existem profundas diferenças de caráter econômico, mas que de nenhuma maneira são determinantes no diálogo.
"Os Estados Unidos são parte de nossa realidade. Todos somos americanos. Ter a maior potência do mundo tem vantagens e desvantagens [...] temos a oportunidade de ter um diálogo direto", afirmou Insulza, negando a necessidade de uma revisão da estrutura da OEA.
O discurso de Insulza ecoa o tom apaziguador adotado nesta segunda-feira pelo número um da diplomacia americana para a América Latina, Arturo Valenzuela, e pelo embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon.
Valenzuela disse nesta segunda-feira que o projeto de criação de um bloco que não tenha participação dos Estados Unidos não incomoda e descartou que esse eventual novo bloco de 32 países suplante a OEA.
Na verdade, "seria outro espaço para maior cooperação entre os países para perseguir interesses comuns", disse.
Já Shannon disse, durante encontro na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que nada pode substituir a OEA. "OEA é OEA, um espaço sumamente importante para que todos os países do hemisfério possam ter um diálogo político. Esta importância só vai aumentar com o tempo. A capacidade das Américas, diferentes Américas, Caribe, América Central, América do Sul, de dialogar é uma coisa boa e vamos apoiar".
A 2ª Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, realizada no México, começou ontem e acaba nesta terça-feira, com a participação histórica de líderes de 32 países, em Playa del Carmen, no Caribe mexicano. O encontro tem como objetivo principal avançar em uma nova organização continental sem a presença dos Estados Unidos e do Canadá.
Presidentes como o venezuelano, Hugo Chávez, e o boliviano, Evo Morales, que mantêm ásperas relações com Washington, ressaltaram que o novo bloco servirá para que a região atue sem a ingerência do "imperialismo" dos EUA.
Até o momento, contudo, não está claro se a luz verde para a criação do organismo regional estará na declaração final do encontro.
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