Publicidade
Publicidade
França lamenta manutenção de prisão de Nobel da Paz em Mianmar
Publicidade
da Folha Online
O Ministério de Relações Exteriores da França afirmou hoje considerar que a confirmação da condenação da líder oposicionista e Prêmio Nobel da Paz (1991) Aung San Suu Kyi a mais 18 meses de prisão domiciliar, ocorrida hoje, é um "mau sinal" para o processo de reconciliação nacional de Mianmar (ex-Birmânia).
Suu Kyi passou mais de 14 anos dos últimos 20 anos aprisionada. Com a punição confirmada hoje, a líder está certamente excluída das eleições que a junta quer realizar ainda neste ano.
"É uma má notícia para Mianmar e um mau sinal para a reconciliação nacional nesse país", disse Bernard Valero, durante uma entrevista coletiva à imprensa, em reação à decisão da Suprema Corte birmanesa. É "uma decepção para nós, mas que não deve nos desanimar de esperar", acrescentou.
Em 11 de agosto de 2009, após longo julgamento, Suu Kyi, 64, foi condenada a três anos de prisão e trabalhos forçados por ter dado abrigo em sua casa a um americano que entrou sem permissão no imóvel, cercado por dezenas de soldados. A pena foi, depois, comutada por 18 meses de prisão domiciliar.
Hoje, os magistrados informaram em comunicado colocado no quadro de anúncios do tribunal que tinham rejeitado o recurso apresentado pelos advogados de Suu Kyi. O recurso, segundo os advogados, estava baseado em argumentos constitucionais. O tribunal também confirmou as penas de um ano e meio de prisão domiciliar para duas mulheres que acompanham Suu Kyi há anos.
A defesa vai recorrer, agora, diretamente ao presidente do Supremo Tribunal, maior autoridade judicial do país.
Hoje, a França reiterou o seu pedido pela libertação "sem demora" da Prêmio Nobel da Paz e de todos os prisioneiros políticos birmaneses. Outros países também reagiram à decisão.
"Embora a sentença não seja nenhuma surpresa, é decepcionante. Seguimos achando que Suu Kyi deve ser liberada junto aos outros 2.000 presos de consciência do regime", lamentou o embaixador do Reino Unido em Yangun, Andrew Heyn, que assistiu à audiência junto a seus colegas de Austrália, Estados Unidos e França.
Os militares controlam o poder em Mianmar desde o golpe do general Ne Win, em 1962. O país não realiza eleições livres desde 1990, quando Suu Kyi e o seu partido, a Liga Nacional para a Democracia, arrasaram nas urnas o partido dos generais, que jamais reconheceram aquela derrota.
Com Efe e France Presse
Leia mais notícias sobre Mianmar
- Justiça nega liberdade a líder opositora em Mianmar
- Com 82 anos, número 2 da oposição deve ser libertado amanhã em Mianmar
- Exército de Mianmar libera jovem que havia sido recrutado à força
- Ministro de Mianmar diz que Suu Kyi será libertada; partido duvida
Outras notícias internacionais
- Israel não arrastará palestinos para violência, diz premiê da ANP
- SeaWorld retoma shows com baleias; treinadores ficam fora da água
- Bento 16 visitará durante quatro dias Fátima, Lisboa e Porto
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice