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28/02/2010 - 22h05

Orgãos da ONU no Chile expressam sua solidariedade aos afetados pelo tremor

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da Efe, em Santiago
da Folha Online

Organismos da ONU com sede no Chile expressaram neste domingo suas condolências aos familiares das vítimas do terremoto ocorrido no sábado (27) e reafirmaram seu compromisso com o país.

Os diretores de organismos e agências destacaram a rápida resposta das autoridades chilenas após o terremoto que assolou o país na madrugada do dia 27 de fevereiro e que causou mais de 700 mortos e dois milhões de desabrigados, segundo um balanço provisório.

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Em reunião convocada hoje na sede da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe, pela secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, os diretores de 15 organismos das Nações Unidas com presença no Chile elogiaram "a eficaz organização sob o comando da presidente Michelle Bachelet".

Em comunicado divulgado após o encontro, as agências da ONU destacaram "a personalidade e a força humana do povo chileno que várias vezes em sua história soube superar estas adversidades".

Os quase mil funcionários das Nações Unidas que trabalham no Chile se encontram todos a salvo; no entanto, vários prédios que abrigam os organismos e agências na capital chilena foram afetados.

Em alguns casos se trata de danos estruturais, por isso equipes de especialistas avaliam a deterioração, a fim de garantir a segurança do pessoal quando nesta segunda-feira voltarem ao trabalho.

No sábado passado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon enviou suas condolências aos familiares das vítimas do terremoto.

Ban, que se mantém em contato com as autoridades do Chile e com os responsáveis da Cepal para conhecer a evolução da situação, se comprometeu com o apoio da organização às autoridades e ao povo chilenos.

Mortos

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou neste domingo em coletiva de imprensa que os mortos no terremoto de 8,8 graus de magnitude da madrugada de ontem já chegam a 708 e ainda devem subir. No anúncio, a líder chilena fez um apelo por ajuda internacional.

"Nós enfrentamos uma catástrofe de proporção inimaginável, que irá exigir um esforço gigantesco do Chile", disse ela na coletiva de imprensa no Palácio Presidencial.

De acordo com Bachelet, que deve deixar a Presidência no próximo dia 11, o país irá aceitar a ajuda oferecida por vários países do mundo. Ontem, o presidente americano, Barack Obama, disse que o Chile é um "amigo próximo" e que os EUA estão "'prontos a ajudar".

Segundo a presidente, o país necessita com urgência de hospitais móveis, plantas de purificação de água e especialistas em análise de danos. Ela também pediu o envio de mais homens para as equipes de resgate e para os esforços de reconstrução após o tremor.

Arte/Folha Online

Além dos mortos, cerca de 500 mil casas ficaram gravemente danificadas pelo terremoto.

Segundo a polícia, mais de cem pessoas morreram em Concepcion, a maior cidade da área próxima do epicentro, com cerca de 200 mil habitantes. Muitas ruas da cidade ficaram cobertas de escombros, e centenas de detentos escaparam da penitenciária após o tremor.

Bachelet anunciou ainda que foi emitido um decreto dando ao Exército o controle pela segurança na Província de Concepcion, onde saqueadores atacaram supermercados, postos de gasolina, farmácias e bancos.

Policiais usaram jatos d'água e gás lacrimogêneo para reprimir pessoas que tentavam arrombar a porta de um supermercado em Concepcion.

Em San Pedro, do outro lado do rio Bio Bio, outro grupo saqueou um shopping center.

Uma loja de vídeos foi incendiada, enquanto um banco e um supermercado foram assaltados

Santiago

A capital Santiago, a cerca de 320 quilômetros do epicentro, foi atingida duramente pelo sismo. O aeroporto internacional está fechado por a menos 24 horas uma vez que o terremoto destruiu calçadas e quebrou vidros de portas e janelas.

O metrô da capital foi fechado e os transportes ficaram limitados por causa das centenas de ônibus que ficaram presos devido a uma ponte que foi danificada pelo tremor.

Em 1960, o Chile foi atingido por um terremoto de magnitude 9,5, um dos mais fortes já registrados. O tremor devastou a cidade de Valdivia, matou 1.655 pessoas e causou um tsunami que atingiu a Ilha da Páscoa, distante 3.700 quilômetros da costa chilena. A onda continuou e chegou ao Havaí, Japão e Filipinas. As ondas que chegaram nas Filipinas demoraram cerca de 24 horas para atingir o país.

O terremoto deste sábado foi sentido em São Paulo e também nas Províncias argentinas de Mendoza e San Juan. Uma série de abalos subsequentes atingiram a região costeira do Chile.

Tsunami

O terremoto também causou a formação de um tsunami no oceano Pacífico, que matou várias pessoas em uma ilha chilena e devastou outras comunidades costeiras da região.

A atuação rápida dos governos, a retirada de dezenas de milhares de pessoas e a cooperação da população permitiu que o tsunami criado pelo terremoto do Chile passasse neste domingo pela Oceania e Pacífico sul sem causar vítimas fatais.

Desde o tsunami de 2004, que matou cerca de 230 mil pessoas em uma dúzia de nações banhadas pelo Índico, as autoridades e povoações desta região do mundo levam muito a sério o perigo das ondas gigantes.

Austrália, Nova Zelândia, Fiji, Samoa e outros países banhados pelo Pacífico sofreram hoje o impacto, mas as ondas que se abateram em seu litoral mediram em geral entre um e três metros de altura e quebraram sem causar danos.

O reino de Tonga foi um dos primeiros estados insulanos da Polinésia a receber o tsunami, mas mantinha um alerta desde à 1h15 (9h15 de Brasília do sábado) e não cancelou o alarme até 12 horas depois.

Em Fiji, as ondas chegaram por volta das 9h (17h do sábado em Brasília) e, após comprovar-se que a alta do nível do mar era mínima, cancelaram o alerta após duas horas.

 

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