Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/03/2010 - 13h19

Itália adota lei anticorrupção após escândalo que levou à renúncia de senador

Publicidade

da France Presse, em Roma (Itália)

O governo italiano adotou nesta segunda-feira um projeto de lei de combate à corrupção após a série de escândalos que levou à renúncia do senador de ultradireita do partido governista Nicola Di Girolamo, envolvido em ligações com uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro e fraude fiscal.

O projeto de lei foi aprovado pelo Conselho de Ministros e prevê um controle maior das administrações locais assim como o endurecimento das penas. Sobretudo, proíbe a eleição para o Parlamento de pessoas condenadas por corrupção.

A medida impede a candidatura por cinco anos de candidatos ao Parlamento que tenham sido condenados por corrupção.

O projeto, que contém 11 artigos, foi elaborado pelo Ministério da Justiça e do Interior com a colaboração da Procuradoria do Estado.

De acordo com dados divulgados em fevereiro pelo Tribunal de Contas, a corrupção na Itália aumentou 229% em 2009 e representa "uma patologia grave".

"Queremos que seja claro que roubar é algo grave e roubar a administração pública, ainda mais", afirmou o ministro da Justiça, Angelo Alfano, lembrando que o projeto de lei foi redigido a pedido do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que, por sua vez, está sendo investigado por corrupção.

Vários integrantes da maioria governista de centro-direita estão sendo investigados por desvio de dinheiro público e até mesmo Berlusconi está sendo processado por subornar a um advogado inglês para a abertura de contas bancárias em nome de sua holding, Fininvest, em paraísos fiscais.

O processo do primeiro-ministro foi adiado até 26 de março após uma série de complexas decisões judiciais.

Nesta segunda-feira, o senador de direita Nicola Di Girolamo apresentou a sua renúncia. Segundo acusações da Justiça, Di Girolamo foi eleito graças aos votos obtidos pela máfia calabresa na Alemanha como representante dos italianos que emigraram para esse país.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página