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11/03/2004
-
14h27
da Folha Online
Subiu para 182 o número de mortos na série de explosões que atingiu trens lotados de passageiros durante o horário de rush em Madri nesta quinta-feira, disseram autoridades espanholas.
Cerca de 900 pessoas ficaram feridas, afirmaram as autoridades.
Anteriormente, o número de mortos era de 173.
Autoridades acusaram o grupo terrorista e separatista basco ETA, que está na lista de grupos terroristas dos EUA e da União Européia.
Os atentados ocorreram em horário de rush, quando milhares de pessoas se dirigiam para o trabalho. As autoridades espanholas apontam centenas de feridos. Pedaços de corpos se espalharam pelos locais dos atentados. Feridos ensangüentados e pessoas queimadas foram tirados às pressas em meio a ferragens e destroços.
"Isso é um massacre", declarou minutos depois dos ataques Eduardo Zaplana, porta-voz do governo espanhol --cujo primeiro-ministro é José María Aznar (do Partido Popular). A Espanha é uma monarquia e seu rei é Juan Carlos.
A carnificina, que ocorreu a três dias das eleições gerais no país (no domingo, 14), foi atribuída pelo governo espanhol ao grupo separatista e terrorista ETA (Pátria Basca e Liberdade). O ETA luta por um Estado independente e já causou a morte de 850 pessoas desde 1968.
No entanto, até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria das explosões.
O líder nacionalista do extinto partido basco Batasuna, Arnaldo Otegi, lamentou o ataque e descartou qualquer participação do grupo nas ações de hoje, acrescentando que tais atos seriam de autoria de "facções árabes". Esta é primeira vez que o Batasuna, acusado de manter ligações com o grupo terrorista ETA, lamenta um atentado na Espanha.
"Nem por nossos objetivos (separatistas) nem pela forma como foram feitos (os ataques), pode-se afirmar que o ETA está por trás da ação" desta quinta-feira em Madri", disse Otegi, que qualificou o atentado de "massacre".
Banho de sangue
Mais de 700 pessoas foram removidas a hospitais, de acordo com informações da Polícia Civil. As explosões ocorreram em série, entre 7h35 e 7h55 (entre 3h35 e 3h55, no horário de Brasília). Não há informações sobre o tipo de explosivo utilizado. As bombas estavam escondidas em sacos plásticos.
Os trens atingidos transportavam passageiros provenientes de Alcalá de Henares e Guadalajara. As estações atingidas foram Atocha, El Pozo e Santa Eugenia.
"Os assassinos tentam semear o terrorismo e o caos. Isto é uma ação criminosa do ETA", disse Zaplana à rádio Cadena Ser.
Straw negou-se a comentar a possibilidade de a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, estar por trás dos ataques --a rede costuma realizar ataques simultâneos como os ocorridos hoje na Espanha e os que atingiram instituições britânicas na Turquia, em novembro.
O Reino Unido e a Espanha foram os dois principais aliados dos Estados Unidos na investida militar contra o Iraque.
O Partido Popular (centro-direita), do atual premiê espanhol, José María Aznar, é favorito para vencer as eleições de domingo, mas não deve obter maioria no Parlamento, segundo pesquisas. Aznar, no poder desde 1996, não é candidato à reeleição.
Com agências internacionais
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Sobe para 182 o número de mortos em explosões em Madri
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Subiu para 182 o número de mortos na série de explosões que atingiu trens lotados de passageiros durante o horário de rush em Madri nesta quinta-feira, disseram autoridades espanholas.
Cerca de 900 pessoas ficaram feridas, afirmaram as autoridades.
Anteriormente, o número de mortos era de 173.
Autoridades acusaram o grupo terrorista e separatista basco ETA, que está na lista de grupos terroristas dos EUA e da União Européia.
Os atentados ocorreram em horário de rush, quando milhares de pessoas se dirigiam para o trabalho. As autoridades espanholas apontam centenas de feridos. Pedaços de corpos se espalharam pelos locais dos atentados. Feridos ensangüentados e pessoas queimadas foram tirados às pressas em meio a ferragens e destroços.
"Isso é um massacre", declarou minutos depois dos ataques Eduardo Zaplana, porta-voz do governo espanhol --cujo primeiro-ministro é José María Aznar (do Partido Popular). A Espanha é uma monarquia e seu rei é Juan Carlos.
A carnificina, que ocorreu a três dias das eleições gerais no país (no domingo, 14), foi atribuída pelo governo espanhol ao grupo separatista e terrorista ETA (Pátria Basca e Liberdade). O ETA luta por um Estado independente e já causou a morte de 850 pessoas desde 1968.
No entanto, até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria das explosões.
O líder nacionalista do extinto partido basco Batasuna, Arnaldo Otegi, lamentou o ataque e descartou qualquer participação do grupo nas ações de hoje, acrescentando que tais atos seriam de autoria de "facções árabes". Esta é primeira vez que o Batasuna, acusado de manter ligações com o grupo terrorista ETA, lamenta um atentado na Espanha.
"Nem por nossos objetivos (separatistas) nem pela forma como foram feitos (os ataques), pode-se afirmar que o ETA está por trás da ação" desta quinta-feira em Madri", disse Otegi, que qualificou o atentado de "massacre".
Banho de sangue
Mais de 700 pessoas foram removidas a hospitais, de acordo com informações da Polícia Civil. As explosões ocorreram em série, entre 7h35 e 7h55 (entre 3h35 e 3h55, no horário de Brasília). Não há informações sobre o tipo de explosivo utilizado. As bombas estavam escondidas em sacos plásticos.
Os trens atingidos transportavam passageiros provenientes de Alcalá de Henares e Guadalajara. As estações atingidas foram Atocha, El Pozo e Santa Eugenia.
"Os assassinos tentam semear o terrorismo e o caos. Isto é uma ação criminosa do ETA", disse Zaplana à rádio Cadena Ser.
Straw negou-se a comentar a possibilidade de a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, estar por trás dos ataques --a rede costuma realizar ataques simultâneos como os ocorridos hoje na Espanha e os que atingiram instituições britânicas na Turquia, em novembro.
O Reino Unido e a Espanha foram os dois principais aliados dos Estados Unidos na investida militar contra o Iraque.
O Partido Popular (centro-direita), do atual premiê espanhol, José María Aznar, é favorito para vencer as eleições de domingo, mas não deve obter maioria no Parlamento, segundo pesquisas. Aznar, no poder desde 1996, não é candidato à reeleição.
Com agências internacionais
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