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Hizbollah responde ataque com mais de 140 foguetes
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da Efe, em Isarel
da France Presse
O grupo terrorista libanês Hizbollah respondeu neste domingo ao bombardeio realizado na última madrugada pela força aérea israelense contra a cidade de Qana --ação que deixou 56 mortos, na maioria crianças-- com o lançamento de pelo menos 140 mísseis e foguetes sobre o norte de Israel, o maior ataque desde o início do conflito.
A ação da Força Aérea israelense, que bombardeou um complexo de edifícios de Qana que serviam de abrigo para civis, provocou a crítica da comunidade internacional, a surpresa dos políticos israelenses e, finalmente, a reação do Hizbollah, que lançou pelo menos 140 mísseis sobre o norte de Israel.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que se encontra em Israel com o objetivo de negociar um cessar-fogo, decidiu prolongar sua visita --a segunda em cinco dias--, mas não irá ao Líbano, como estava previsto no início. O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou que nas atuais circunstâncias a visita de Rice a Beirute é inviável.
O exército israelense afirmou que a cidade de Qana é um "ponto estratégico" do Hizbollah, que usa edifícios civis para guardar e lançar mísseis. Uma fonte militar disse que, antes do bombardeio, a força aérea "advertiu a população com o lançamento de panfletos" nos quais se pedia aos civis que abandonassem a região.
O chefe de operações da Força Aérea israelense, o general-de-brigada Amir Eshel, afirmou neste domingo que as primeiras investigações sobre o bombardeio da aldeia libanesa revelam que o edifício foi bombardeado horas antes do desabamento.
"O bombardeio do edifício aconteceu entre meia-noite e 1h da madrugada e os relatórios procedentes do Líbano, sobre a casa que tinha sido destruída, chegaram apenas entre 8h e 8h30 da manhã", declarou o militar em entrevista coletiva no Ministério da Defesa, em Tel Aviv.
Na mesma oportunidade, o chefe de Operações do Exército israelense, general Gadi Eizenkot, afirmou que "desde o início da crise a cidade tinha sido usada como refúgio de terroristas e zona de lançamento de mísseis".
Segundo observadores, o massacre de Qana piora a atual crise no Oriente Médio, que começou no último dia 12 com o seqüestro de dois soldados israelenses levado a cabo pelo Hizbollah. A violência já deixou cerca de 500 mortos no Líbano, entre eles mais de 450 civis, 20 soldados libaneses e 37 terroristas, e mais de 52 mortos em Israel, sendo 19 civis. Entre os mortos no Líbano, há sete cidadãos brasileiros, dos quais três crianças.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, assim como os titulares de Defesa, Amir Peretz, e de Assuntos Exteriores, Tzipi Livni, expressaram seu pesar pela morte dos civis de Qana.
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