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15/03/2010 - 13h30

EUA e Israel enfrentam pior crise em 35 anos, segundo embaixador

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colaboração para a Folha Online

Israel e Estados Unidos vivem uma "crise de proporções históricas" por causa da ampliação de assentamentos judaicos, deixando as relações bilaterais no seu pior momento em 35 anos, disse Michael Oren, embaixador israelense em Washington, citado nesta segunda-feira por jornais israelenses.

"As relações entre Israel e Estados Unidos passam pela crise mais grave desde 1975", teria declarado o diplomata israelense, em uma conversa telefônica com os cônsules israelenses nos EUA durante o fim de semana, informam os jornais "Yedioth Ahronoth" e "Haaretz".

A referência de Oren a 1975 faz alusão à pressão dos EUA naquela época para que Israel retirasse suas tropas da península do Sinai, região egípcia ocupada por Israel entre 1967 e 1982.

A declaração contradiz o esforço do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu para minimizar os atritos com o governo de Barack Obama. Na semana passada, Joe Biden, vice-presidente dos EUA, passou constrangimento durante uma visita a Israel, quando o governo anunciou a intenção de construir 1.600 casas em Ramat Shlomo, bairro de colonização habitado por judeus ultraortodoxos na área oriental de Jerusalém, que tem população majoritária de árabes e foi anexado por Israel em 1967.

O premiê de Israel declarou nesta segunda-feira diante do Parlamento israelense (Knesset) que "a construção continuará em Jerusalém Oriental", apesar das duras críticas internacionais à medida --que levou os palestinos a suspenderem os recém-retomados esforços por uma negociação indireta.

A anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional e a cidade é pleiteada pelos palestinos como capital de um futuro Estado.

Lula

As declarações do embaixador israelense vem em meio a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à região, em um esforço para retomar as negociações de paz.

Lula chegou na tarde de ontem ao aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv. Ele deve visitar não apenas Israel, mas também os territórios palestinos, com a mesma mensagem que deixou aos líderes de ambos quando visitaram o Brasil --a de que Brasília pode ser um interlocutor no processo de paz no Oriente Médio.

Elogiado pela imprensa israelense, Lula centra seus discursos no pedido de esforços renovados pela paz. "Todo ser humano, todo governante tem que fazer um esforço para que as pessoas possam alcançar a paz no mundo", afirmou Lula, acrescentando esperar um acordo ainda no mandato de Peres, que termina em 2012.

"Existe uma única palavra e um único motivo para a guerra, mas existem milhões de palavras e gestos que justificam a paz, e isso é o que precisamos buscar, a cada dia, a cada hora, a cada minuto, a cada segundo", continuou Lula, em uma rápida entrevista coletiva antes da reunião com Peres na residência presidencial.

Segundo Lula, que deve defender a formação de um Estado palestino nas negociações de paz, "a política é a arte de tornar realidade as coisas que parecem impossíveis".

Com Reuters, France Presse e EFE

 

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