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Venezuela vai repatriar à Espanha 18 condenados por tráfico de drogas
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da Efe, em Caracas (Venezuela)
da Folha Online
O Ministério de Interior da Venezuela anunciou que 18 cidadãos espanhóis que cumpriam pena no país por tráfico de drogas serão repatriados nesta quinta-feira à Espanha. O anúncio ocorre em meio a disputa causada por um juiz espanhol ao decretar a prisão de supostos membros do grupos separatista basco ETA refugiados na Venezuela --e defendidos recentemente pelo presidente Hugo Chávez.
Em uma entrevista coletiva na noite desta quarta-feira, o ministério afirmou que os 18 espanhóis terminarão de cumprir a pena em seu país natal. O governo, contudo, não revelou o nome dos repatriados ou os motivos que levaram a tal decisão.
Uma nota divulgada pelo ministério afirma que o ministro do Interior e Justiça Tareq El Aissami estará presente no ato oficial que marcará a repatriação, no aeroporto internacional de Maiquetía, a 30 quilômetros de Caracas, na manhã desta quinta-feira.
As autoridades venezuelanas não informaram se os repatriados deixam a Venezuela já pela manhã ou se viajarão em um dos voos regulares de companhias comerciais que deixam Maiquetía à tarde e chegam à Espanha no dia seguinte.
ETA
Nesta semana, o presidente Hugo Chávez disse ter certeza que os supostos membros do ETA que vivem na Venezuela não estão envolvidos em atividades terroristas.
Dezenas de membros do ETA foram deportados para a Venezuela a pedido do então primeiro-ministro espanhol Felipe González, em 1989, após fracassadas negociações de paz. Alguns se naturalizaram venezuelanos e vivem no país sul-americano desde então.
No dia 1º de março, o juiz da Suprema Corte espanhola Eloy Velasco emitiu mandatos de prisão para suspeitos membros do ETA que, segundo ele, tinham sido treinados pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na Venezuela.
Entre os suspeitos está um homem nascido na Espanha que trabalhou para o governo venezuelano. O governo venezuelano rejeitou a colocação e qualificou de "infame" as palavras do juiz espanhol.
"Pessoas que pertenceram ao ETA chegaram aqui e agora são venezuelanos, eles se casaram aqui, eles têm filhos e netos, e temos certeza que eles não estão participando de qualquer atividade terrorista. Eles são cidadãos venezuelanos", disse Chávez.
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