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Após derrota nas urnas, Sarkozy enfrenta greve geral e manifestações
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colaboração para a Folha Online
Trens, escolas e serviços públicos da França foram afetados nesta terça-feira por uma greve nacional dos funcionários do setor público, além de manifestações nas ruas do país. Os sindicatos tentam se aproveitar da derrota do governo nas eleições regionais do fim de semana para frear possíveis reformas.
No entanto, o novo ministro do Trabalho, Eric Woerth, assegurou que segue em frente com a reforma do "extremamente frágil" sistema previdenciário, a principal mudança esperada.
Jean-Paul Pelissier/Reuters |
Funcionários públicos e privados fazem manifestações em Marseille, na França, para tentar frear as reformas de Sarkozy |
Os sindicatos alegam que o governo conservador do presidente Nicolas Sarkozy não ofereceu planos satisfatórios para empregos, salários, poder aquisitivo e condições de trabalho.
No último domingo (21), a coalizão centro-direitista do governo sofreu sua pior derrota eleitoral em mais de cinco décadas, deixando a esquerda no controle de 23 das 26 regiões do país.
O presidente Nicolas Sarkozy reagiu à derrota rapidamente, reformando seu gabinete na última segunda-feira. Substituiu o ministro do Trabalho francês, Xavier Darcos, que deveria comandar a reforma da previdência, mas foi mal nas urnas.
Em seu lugar, assumiu Woerth, então ministro do Orçamento. O Ministério do Orçamento ficou a cargo de François Baroin, alinhado ao ex-presidente Jacques Chirac.
Sarkozy também trouxe outros dois conservadores alinhados a seus rivais, em busca de solidificar sua base de apoio.
A mudança de comando no Ministério do Trabalho não foi bem recebida pelos sindicatos. "Eles mudam o ministro do Trabalho como se fosse um ministro técnico de menor importância", disse em entrevista a uma rádio François Chereque, líder do sindicato CFDT. Ele acrescentou que a França tem seu quarto ministro do Trabalho desde que Sarkozy assumiu, em 2007.
Efeitos da greve
A greve causou pequenas falhas no sistema de metrô de Paris. Cerca de metade dos trens regionais pararam. Os trens de alta velocidade para o Reino Unido e a Bélgica operavam normalmente, mas apenas 65% do tráfego funcionava dentro da França.
A operadora de trens SNCF disse que os serviços devem ser afetados até o começo desta quarta-feira (24), segundo a rede britânica BBC.
Segundo os sindicatos, 50% dos professores devem aderir à paralisação desta terça-feira. O Ministério da Educação informou que cerca de 30% dos professores de escolas primárias não conseguiram chegar ao trabalho em todo o país.
Com Associated Press e Reuters
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