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Presidente do Chile chega à Argentina e agradece ajuda após terremoto
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da Reportagem Local
O recém-empossado presidente chileno, Sebastián Piñera, iniciou nesta quinta-feira seu primeiro giro internacional ao chegar em Buenos Aires, na Argentina, para almoço com sua colega argentina, Cristina Kirchner. Ainda nesta quinta-feira, ele viajará para o Brasil, onde deve se reunir com o presidente Luiz Inacio Lula da Silva.
Piñera agradeceu à Argentina pelas contribuições recebidas após o tremor de 27 de fevereiro passado, que deixou ao menos 486 mortos e 79 desaparecidos, segundo balanço mais recente do governo. O terremoto de magnitude 8,8, seguido por tsunamis, deixou prejuízo estimado em US$ 30 bilhões.
Esta é a primeira visita oficial internacional do presidente chileno, que tomou posse de seu cargo no dia 11 de março.
Piñera afirmou que pretende falar ao povo e ao governo do país de sua "mais profunda gratidão pela ajuda, a solidariedade imediata e sincera".
"A Argentina nos prestou ajuda frente a tragédia e a adversidade que significou o terremoto e o maremoto", afirmou o chileno.
Piñera desembarcou em Buenos Aires por volta das 10h30 (mesmo horário de Brasília) e foi recebido pelo chanceler Jorge Taiana. O encontro com Cristina estava marcado para as 11h30, na Casa de Governo.
Depois da Argentina, Piñera embarca para o Brasil, onde se reunirá nesta sexta-feira com Lula e os pré-candidatos à presidência do país Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
Piñera deve aproveitar a visita com Lula para reforçar a cooperação entre os países e averiguar o terreno para 2011, quando o país terá um novo governo.
O chileno pode encontrar mais afinidade com Serra, já que o ex-governador, além ideias políticas mais conservadoras, fala espanhol e foi exilado em Santiago nos anos 70, onde conheceu a sua mulher, a chilena Monica Allende.
No entanto, apesar das diferenças ideológicas que pode ter com Lula, o líder da direita chilena manifestou sua "admiração" pelo brasileiro, e declarou que pretende trabalhar "lado a lado" com o presidente até o dia 1 de janeiro de 2011.
Parceiro
Segundo o governo, o Brasil é o quarto parceiro comercial do Chile, atrás apenas da China, Estados Unidos e Japão.
A cooperação entre os dois países passa atualmente pela energia, esporte, ciência, cultura, comunicações e a televisão digital, entre outras áreas, e tem como base um comércio bilateral que no ano passado chegou a cerca de US$ 10 bilhões.
Na pauta de discussão entre Piñera e Lula estão a ampliação dos investimentos mútuos, com ênfase especial nas empresas brasileiras no Chile. Esse assunto já foi tratado por Lula com a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que chegou a dizer ano passado em São Paulo que é "uma vergonha" que os investimentos chilenos no Brasil superem os US$ 8 bilhões e os brasileiros no Chile não passem dos US$ 2 bilhões.
Desde janeiro, o presidente e Piñera se reuniram em outras duas ocasiões. A primeira na cidade de Cancún (México), durante a Cúpula do Grupo do Rio, à qual Piñera (então presidente eleito) participou como convidado, e a segunda em Santiago, durante uma visita-relâmpago que Lula fez no dia 1 de março para expressar a solidariedade do Brasil pelo terremoto que arrasou parte do Chile.
Com Ansa, France Presse e Efe
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