Palestinos acusam colonos israelenses de pichar mesquita na Cisjordânia

Fontes dos serviços de segurança palestinos acusaram colonos israelenses de vandalizar nesta quarta-feira uma mesquita em Huwara, no território da Cisjordânia ocupado por Israel.

Os colonos escreveram, segundo as fontes, o nome do profeta Maomé com caracteres hebraicos e marcado com a estrela de David, símbolo do judaísmo, em um dos muros da mesquita da cidade palestina de Huwara.

	Abed Omar Qusini/Reuters
	Homem limpa inscrição com o nome de Maomé em hebraico e estrela de Davi em mesquita na Cisjordânia

Militares israelense enviados ao local apagaram as inscrições e pintaram o muro, segundo as mesmas fontes.

O grupo de colonos também incendiou dois carros de palestinos ao deixar a mesquita.

O imame Mohammed Owdi, da vila de Huwara, disse ter visto um carro deixando o local com colonos israelenses.

O porta-voz do Exército israelense condenou o "ato de vandalismo" e anunciou uma investigação para levar os culpados à justiça. "O Exército leva muito a sério os atos de vandalismo e tudo o que que atenta contra os locais sagrados', destacou o porta-voz.

Atos como este são comuns entre os cerca de 2,5 milhões de palestinos e cerca de 300 mil israelenses que vivem na Cisjordânia, território que Israel ocupa desde 1967.

Em dezembro do ano passado, um grupo de colonos provocou danos em uma mesquita da localidade palestina de Yassuf (norte da Cisjordânia). Em janeiro, a polícia de Israel prendeu nove colonos por incendiar uma mesquita.

Com France Presse e Associated Press