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15/04/2010 - 01h50

Mortes em terremotos na China chegam a 617

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da Efe, em Pequim

O terremoto e a série de réplicas que atingiram na terça e quarta-feira a província de Qinghai, no oeste da China, mataram pelo menos 617 pessoas, como informa hoje a agência oficial de notícias Xinhua.

A cidade de Jiegu, com uma população de 100 mil pessoas e sede do governo do distrito, é uma das áreas mais prejudicadas pelo terremoto, que feriu 10 mil pessoas.

"Muita gente segue debaixo dos escombros das casas derrubadas no povoado de Jiegu ", explicou Huang Limin, subsecretário-geral do governo provincial.

Sobreviventes

Vários sobreviventes tiveram de enfrentar o frio e passar a noite ao ar livre após uma série de tremores na China--o mais forte deles o terremoto de 6,9 de magnitude que atingiu a Província de Qinghai, no noroeste do país, nesta quarta-feira--, informa a agência de notícias Xinhua.

O serviço nacional de meteorologia previu para a noite desta quarta-feira uma queda de temperatura de até -3ºC, e 15ºC durante o dia nos próximos dias, segundo a agência de notícias Xinhua.

Arte/Folha
Infográfico - Terremoto na China
Infográfico - Terremoto na China

A série de terremotos destruiu prédios na cidade de Yushu e fez com que centenas de sobreviventes corressem em pânico para as ruas na cidade de Jiegu. De acordo com autoridades locais, os tremores destruíram cerca de 85% das construções da região.

Muitas pessoas buscaram abrigo em prédios que permaneceram em pé após o tremor. No pátio do Comitê de Esportes de Yushu, cerca de mil pessoas estavam sentadas ou deitadas no chão em meio à completa escuridão.

Algumas se protegiam com panos retirados dos escombros, enroladas em cobertores, deitadas em colchonetes finos no chão com caixas de papelão servindo de travesseiro. Algumas montaram barracas e outras ligaram as lanternas de motos. Outros entraram em carros danificados pelos tremores, cobrindo os buracos com pedaços de plástico.

"Estou com fome e sede, estamos esperando por ajuda desde a manhã", disse Zhaxi Toinzhub à agência de notícias Xinhua. Ela disse que seus três filhos ainda estão sob os escombros.

Tremores

O primeiro terremoto, de magnitude 5, atingiu a região de Qinghai às 18h40 desta terça-feira, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica mundial. O tremor teve profundidade de 18,9 km e epicentro a 230 km de Qamdo, na região do Tibete.

Ren Xiaogang/AP
Carro fica debaixo dos escombros na Província de Qinghai, após série de tremores que atingiram a China
Carro fica debaixo dos escombros na Província de Qinghai, após série de tremores que atingiram a China

Desde então, outros cinco tremores atingiram o mesmo local. O mais forte deles foi registrado com magnitude 6,9 e atingiu a mesma região às 20h49, também segundo o USGS. O instituto afirma que o tremor foi registrado a uma profundidade de apenas 10 km e epicentro a 240 km de Qamdo.

A agência de notícias Xinhua cita funcionários do Centro de Terremotos da China dizendo que ao menos 18 réplicas --tremores secundários-- foram registrados e que mais terremotos de magnitude maior do que 6 são esperados nos próximos dias.

Qinghai é habitada principalmente por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han.

Esta foi uma das zonas afetadas pelo terremoto que, em maio de 2008, atingiu o norte da vizinha Província de Sichuan, deixando cerca de 87 mil mortos e desaparecidos. Entre as vítimas estavam milhares de estudantes de escolas primárias.

Cinco milhões de pessoas perderam suas casas no tremor e as autoridades estimaram que o trabalho de reconstrução levaria três anos.

Com agências internacionais

 

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