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16/04/2010 - 14h25

Número de mortos em terremoto na China chega a 1.144

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da Reportagem Local

Um novo balanço divulgado pela imprensa oficial chinesa eleva para 1.144 o número de mortos pela série de terremotos que atingiu a Província de Qinghai, no oeste da China.

A imprensa estatal diz ainda que outras 417 pessoas estão desaparecidas, poucas horas antes de se completarem 72 horas exatas --período considerado o máximo que uma pessoa consegue sobreviver sob os escombros.

Andy Wong/AP
Membro da equipe de resgate procura sobreviventes nos escombros de um prédio que desmoronou em Yushu
Membro da equipe de resgate procura sobreviventes nos escombros de um prédio que desmoronou em Yushu

A TV Central da China relatou que uma menina tibetana de 13 anos foi resgatada do Hotel Minzu, um prédio de dois andares que desabou com os tremores. A menina, identificada como Changli Maomu, foi libertada depois que um guindaste levantou um grande pedaço de concreto dos destroços.

Ela estava em bom estado de saúde e foi levada a um hospital improvisado no local para receber tratamento.

Os veículos com ajuda começaram a chegar nesta sexta-feira à destruída cidade de Jiegu, perto do epicentro do terremoto que na quarta-feira assolou uma área de difícil acesso da província de Qinghai, no planalto tibetano.

Milhares de sobreviventes passaram a segunda noite ao relento, com temperaturas que chegam a cinco graus negativos, com fome e o odor dos corpos em decomposição.

O primeiro-ministro Wen Jiabao chegou na noite de quinta-feira a Jiegu, onde 85% dos edifícios desabaram, e deu prosseguimento à visita da área nesta sexta-feira.

O canal de televisão CCTV transmitiu imagens de Wen escalando com dificuldade e com a ajuda de alpinistas as montanhas de escombros, ou de joelho, tentando consolar uma mulher e seu filho de etnia tibetana.

"A prioridade é salvar as pessoas. Não vamos desistir enquanto houver um resquício de esperança", afirmou o chefe de governo no quartel-general de ajuda em Yushu.

As equipes de socorro, que nos dias anteriores buscavam por sobreviventes com as mãos, nesta sexta-feira utilizavam equipamentos pesados, que, no entanto, parecem insuficiente diante da magnitude da tragédia.

Os milhares de socorristas que chegaram à zona enfrentam o oxigênio rarefeito desta região de altitude, onde a temperatura é glacial.

Monges budistas tibetanos se uniram às equipes de buscas.

Desespero

Para a maioria dos flagelados, a situação é desesperadora. "Perdi tudo que tinha", declarou uma mulher de 52 anos, que perdeu dez membros de sua família e perambula entre as ruínas abraçada a um sobrinho de quatro anos.

O tremor atingiu uma área rural de extrema pobreza, povoada em 90% pela etnia tibetana, e destruiu moradias de barro e prédios de madeira, e também edifícios de concreto, como as escolas.

Milhares de usuários de Internet na China demonstraram solidariedade às vítimas do terremoto postando flores virtuais e realizando doações on-line, segundo a agência Xinhua.

O site chinês Tianya lançou uma campanha de doação nacional logo após o terremoto que deixou ao menos 100 mil desabrigados na Província de Quinghai na última quarta-feira.

O "Tianya Love Express" apelou para doações de garrafas de água, tendas, roupas e alimentos, e recebeu mais de 600 respostas em um dia, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.

Com agências internacionais

 

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