Protesto na Cisjordânia lembra sete mil presos palestinos em Israel

Milhares de palestinos se manifestaram hoje em Ramala, na Cisjordânia, por ocasião do Dia do Prisioneiro e para lembrar os mais de sete mil palestinos que continuam presos em centros de detenção israelenses.

Homens, mulheres e crianças participaram hoje, ao meio-dia local, na praça de Al Manara, no centro da cidade, do protesto convocado pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP), para pedir a liberdade dos prisioneiros.

As ruas se encheram de bandeiras das diferentes facções políticas palestinas e de cartazes com as fotos de centenas de presos.

"Mais de sete mil pessoas vieram hoje aqui de todas as partes, de Nablus, de Tulkaren, de Jenin, para expressar gratidão e apoio aos presos, que são a coluna vertebral do movimento de resistência palestino", disse à Agência Efe Abdula Farif, presidente do Clube de Prisioneiros, organização que supervisiona a situação dos presos.

Segundo números divulgados ontem pelo Escritório Central Palestino de Estatísticas, mais de sete mil palestinos estão presos em centros de detenção israelenses, entre eles 34 mulheres, 270 menores e 780 condenados à pena de prisão perpétua.

Desde o início da ocupação israelense de territórios palestinos, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, mais de 760 mil palestinos foram presos em algum momento, segundo dados do Ministério de Assuntos dos Prisioneiros.