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17/04/2010 - 07h47

Eleições no Sudão não se ajustaram aos padrões internacionais, diz UE

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da Efe, em Cartum (Sudão)

A chefe da missão de observação eleitoral no Sudão da União Europeia (UE), Veronique de Keyser, disse hoje que as primeiras eleições pluripartidárias nos últimos 24 anos no país, realizadas entre os dias 11 e 15 de abril, não se ajustaram aos padrões internacionais.

"As eleições gerais sudanesas enfrentaram muitas dificuldades para poderem ser consideradas um processo eleitoral conforme os padrões mundiais", ressaltou a responsável europeia em entrevista coletiva na capital sudanesa Cartum.

No entanto, destacou que "o passo dado (com a realização do pleito) é decisivo para seguir com a aplicação do acordo de paz com o sul do país".

Este acordo, assinado entre o Governo e o Exército Popular de Libertação do Sudão em 2005, pôs fim a uma guerra de 20 anos entre o sul cristão e o norte árabe e muçulmano.

O acordo de paz contempla um referendo sobre a possível separação do sul.

Por outra parte, Veronique destacou que a presença de observadores locais nas eleições no Sudão "são um indício do desejo de impulsionar uma mudança democrática" no país.

As eleições presidenciais e parlamentares realizadas na semana passada em nível nacional e provincial, as primeiras pluripartidárias em 24 anos, foram marcadas por erros técnicos e pelo boicote das principais formações políticas opositoras

Resultados

A apuração dos votos das eleições realizadas no Sudão, as primeiras pluripartidárias em 24 anos, começou ainda ontem, após a prorrogação da votação em dois dias, até a quinta-feira.

Os primeiros resultados do pleito realizado desde o último domingo (11) começaram a ser contabilizados às 11h (5h no horário de Brasília) de ontem, por enquanto limitadas aos votos emitidos no exterior e nos colégios em que havia um só candidato.

Na quinta-feira o diretor da comissão eleitoral do Sudão, Abel Aler, assegurou que duas horas antes do fechamento dos colégios eleitorais o percentual de participação era de 72%.

A comissão anunciou que fará três divulgações diárias: às 12h, 15h e 20h (6h, 9h e 14h, respectivamente, no horário Brasília).

O presidente Omar al Bashir, que está no poder desde 1989, após um golpe de Estado, deve permanecer no cargo, já que os principais adversários retiraram as candidaturas.

A aliança opositora -- que inclui o partido Al Umma, o Comunista e outros grupos menores-- decidiu boicotar as eleições por considerar que não havia garantias para eleições justas.

 

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