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Rei da Bélgica aponta mediador para salvar governo de racha
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da Reportagem Local
O rei da Bélgica Albert 2º encarregou o ministro das Finanças, Didier Reynders, de mediar as negociações entre francófonos e flamengos, dois dias depois do racha da coalizão que levou à renúncia do premiê Yves Leterme.
O rei Albert 2º ainda não aceitou a renúncia do governo, na esperança de evitar a medida extrema, dois meses antes da Bélgica assumir a Presidência semestral da União Europeia (UE). Caso o governo fracassa em evitar a saída de Leterme, o país terá novas eleições.
A ruptura da coalizão ocorreu por causa de disputas por equilíbrio de poder entre representantes das comunidades valona (de língua francesa) e flamenga do país, que vêm causando problemas políticos para a Bélgica há décadas.
Desta vez, a disputa ocorreu por causa de diferenças quanto aos direitos que se aplicam aos valões em Hal e Vilvorde, uma circunscrição flamenga situada na periferia da capital.
A área de Flandres, no norte da Bélgica, é mais rica que o sul, a Valônia, e seus partidos vêm pressionando para que a região tenha mais autonomia.
A divergência a respeito desta questão provocou na quinta-feira a renúncia do governo de Leterme, depois que o partido liberal flamengo Open VLD deixou a coalizão no poder, insatisfeito com o caminho das negociações.
Esta é a terceira queda de uma aliança governista a que a Bélgica assiste nos últimos três anos.
O rei atribuiu a Reynders, que preside o partido liberal francófono MR, a missão de assegurar em curto prazo o cumprimento das condições para a retomada das negociações sobre os problemas institucionais do país.
O ministro terá apenas até a próxima quinta-feira (29) para conseguir um acordo, dia no qual o Open VLD e outros partidos flamencos ameaçam forçar um voto no Parlamento federal sobre a disputa, o que deve aprofundar ainda mais o problema.
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