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Centenas protestam por ação do governo contra camisas vermelhas na Tailândia
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da Reportagem Local
A ala conservadora tailandesa, conhecida como camisas amarelas, exigiu nesta quinta-feira que o governo e o Exército endureçam a reação aos manifestantes da oposição, conhecidos como camisas vermelhas. A elite aristocrática e monarquista pressiona cada vez mais o governo a encerrar de vez com a "anarquia" dos oposicionistas, de maioria rural, que há sete semanas protestam pela queda do governo.
Cada vez mais, analistas temem que a crise se transforme em uma guerra civil entre os dois movimentos. No fim de 2008, foram os camisas amarelas quem protagonizaram protestos e a ocupação dos dois aeroportos de Bancoc para exigir a renúncia do governo.
Os novos confrontos entre camisas vermelhas e tropas do governo já deixaram 27 mortos e mais de mil feridos.
Os camisas amarelas se manifestaram nesta quinta-feira diante de 40 quartéis de todo o país, incluindo a capital Bancoc, em sua primeira ação desde que os camisas vermelhas retomaram os protestos, em meados de março.
Cerca de 300 camisas amarelas, membros da Aliança do Povo para a Democracia, se concentraram frente ao quartel do 11º Regimento de Infantaria, em Bancoc, onde o Governo montou um centro para a coordenação da segurança.
"A crise se estendeu rapidamente e se intensificou até transformar a Tailândia em um estado em anarquia", denunciaram os camisas amarelas, em mensagens dirigidas ao primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, e o chefe do Exército, general Anupong Paochinda.
Wong Maye-E/AP |
Manifestantes pró-governo protestam por reação mais dura contra "anarquistas" da oposição, os camisas vermelhas, na Tailândia |
Chamlong Srimuang, ex-governador de Bancoc, general reformado e líder da Aliança, disse à imprensa que o governo e o Exército têm obrigação de restabelecer a ordem, e advertiu que o número de vítimas aumentará caso ele não atuem com rapidez.
Já os membros da Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura solicitou nesta quinta-feira o envio de observadores da União Europeia, para evitar que as forças de segurança assaltem o acampamento que montaram no coração comercial da cidade.
"Ameaçados pelos carros de combate e um iminente banho de sangue, apelamos a sua ajuda para evitar uma catástrofe em matéria de direitos humanos", afirmaram, em carta entregue ao chefe da missão da União Europeia, David Lipman.
Com Efe e Associated Press
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