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Camisas vermelhas aceitam proposta do governo na Tailândia
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da Reportagem Local
Os manifestantes da oposição, conhecidos como camisas vermelhas, aceitaram nesta terça-feira o plano proposto pelo primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, para encerrar os quase dois meses de protestos e confrontos e que prevê eleições legislativas antecipadas para 14 de novembro.
"Os dirigentes dos camisas vermelhas aceitaram de forma unânime o mapa do caminho oferecido pelo primeiro-ministro para evitar novas vítimas", declarou Veera Musikapong, um dos principais líderes do movimento oposicionista.
Sakchai Lalit/AP |
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Camisas vermelhas dançam em acampamento no centro de Bancoc, na Tailândia; eles aceitaram plano do governo para antecipar pleito |
Jaran Dittapichai, outro líder dos movimentos, afirmou que os camisas vermelhas devem apresentar ao governo sugestões e ofertas, mas não deu detalhes.
O ex-premiê tailandês Thaksin Shinawatra, no exílio, contratou o escritório de advocacia Amsterdam & Peroff para assessorar os camisas vermelhas na avaliação da proposta.
Nesta segunda-feira, em um discurso televisionado, o primeiro-ministro afirmou que a agenda eleitoral era assunto de todos os partidos, que concordaram em um programa de reconciliação com várias condições.
O plano exige respeito à monarquia, mais igualdade social, mídia imparcial, pesquisas eleitorais independentes em meio à crise política atual e um debate em torno de reformas constitucionais.
O mapa de caminho inclui ainda a reforma constitucional para erradicar a injustiça nas estruturas econômica e política, mediante o compromisso do governo de fomentar o bem-estar com melhorias na educação e saúde.
Além disso, o governo se comprometeu a criar uma comissão independente encarregada de investigar as 25 mortes ocorridas nos enfrentamentos travados em 10 de abril entre os camisas vermelhas e os corpos de segurança em Bancoc. Desde então, outras duas pessoas morreram em confrontos.
Representando as camadas mais pobres da população do país, os camisas vermelhas ocupam algumas regiões de Bancoc desde meados de março, deflagrando estado de emergência com suas tentativas de derrubar um governo que eles veem como elitista e antidemocrático.
Houve uma série de fortes confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança em Bancoc, onde 27 pessoas morreram e aproximadamente mil ficaram feridas no mês passado.
Os camisas vermelhas reforçaram os bloqueios nas estradas e aumentaram as medidas de segurança nas regiões sobre as quais detêm controle, que foram fortalecidas com barricadas formadas com pneus de caminhão, arames farpados e estacas de bambu.
Arte Folha | ||
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O primeiro-ministro rejeitou no mês passado a proposta dos camisas vermelhas de cessar os protestos caso as eleições fossem realizadas nos próximos três meses. Agora, contudo, ele enfrenta pressão não apenas dos opositores, mas da elite aristocrata e monarquista que o apoia, mas quer encerrar de vez a crise.
Os protestos fizeram com que diversos hotéis e lojas fossem fechadas, fazendo com que governos estrangeiros alertassem sobre o perigo de viajar ao país, o que provocou uma grave crise no setor de turismo.
O movimento dos camisas vermelhas sofreu fortes críticas depois que em torno de cem manifestantes atacaram por engano um hospital na última quinta-feira, acreditando que o local abrigava forças de segurança.
Com Efe e Associated Press
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