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Crise econômica deve ser fator decisivo nas eleições britânicas
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colaboração para Folha
Numa das eleições mais imprevisíveis dos últimos anos, cerca de 45 milhões de britânicos escolhem nesta quinta-feira quem será o próximo primeiro-ministro a chefiar o Reino Unido, tendo como um dos principais fatores a crise econômica que atinge o país.
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Segundo pesquisas de opinião, os conservadores detinham 35% dos votos, contra 29% para os trabalhistas e 26% para os liberais democratas, um resultado que daria aos trabalhistas duas cadeiras a mais que os conservadores no Parlamento (272 contra 270).
Há muito em jogo nas eleições deste 6 de maio: o país está imerso numa crise econômica enquanto seu tradicional setor financeiro tem dificuldades para retomar o fôlego, a situação do déficit público atormenta o orçamento nacional e a crise grega ameaça se espalhar pela Europa.
A principal ameaça é a de um Parlamento sem maioria absoluta, o que causaria instabilidade política ao país.
Sem um mandato firme, torna-se muito difícil para o próximo líder britânico a aprovação de medidas severas para a redução dos gastos públicos, necessária para a estabilização da economia nacional.
"Ainda há muitas dúvidas sobre o futuro cenário político do Reino Unido, e isto pode continuar até mesmo semanas depois das eleições", disse Steven Fielding, analista político da Universidade de Nottingham.
Um longo período de negociações para formar uma coalizão de governo -- caso a eleição resulte num Parlamento sem maioria absoluta -- pode incomodar investidores e piorar ainda mais a economia britânica, avisam analistas.
O incumbente Gordon Brown insistiu que é o mais apto a salvar a economia do país, enquanto Dabid Cameron terminou a campanha com uma maratona de 36 horas ao redor do Reino Unido. Nick Clegg ganhou a simpatia do eleitorado contrastando com a aristocracia de Cameron e a falta de carisma de Brown -- mas isso pode não ser suficiente para garantir-lhe um bom resultado nas urnas.
Entre a imprensa popular, houve manifestações que colocando o favoritismo de David Cameron em dúvida. O tabloide "Daily Mirror" publicou uma foto de David Cameron ao lado do título: "Primeiro-ministro? Mesmo?".
Já o "The Sun" fez uma montagem com o rosto de Cameron sobre uma foto do presidente americano, Barack Obama, e a manchete: "Nossa Única Esperança".
Votações
O atual primeiro-ministro britânico e líder do Partido Trabalhista, Gordon Brown, votou na Escócia. Brown, que herdou o cargo de Tony Blair, em junho de 2007, tenta vencer a impopularidade e o mau momento dos trabalhistas, atingidos pela crise e o escândalo de abuso do despesas parlamentares, para estender por mais cinco anos seu mandato.
Suzanne Plunkett/Reuters | ||
Atual premiê Gordon Brown e sua mulher Sarah deixam colégio eleitoral da Escócia, após votarem |
Ele apareceu sorridente às 11h10 (7h10 no horário de Brasília), no Centro North Queensferry Community, em Fife, acompanhado de sua mulher Sarah. Ele votou rapidamente e foi embora sem fazer declarações.
Cameron
O conservador foi o primeiro a votar nesta quinta-feira. Acompanhado por sua mulher, Samantha, votou pouco depois das 10h30 no horário local (6h30 em Brasília), no colégio eleitoral de Spelsbury, em Witney (Condado de Oxfordshire, sul da Inglaterra), circunscrição eleitoral pela que é deputado.
Kirsty Wigglesworth/AP | ||
Conservador David Cameron, favorito para novo premiê, deixa o local de votação em Witney, na Inglaterra |
O conservador, o primeiro dos três líderes a votar nessas eleições gerais, posou para os fotógrafos, mas não quis fazer comentários, limitando-se a dizer que estava se sentindo bem.
Na hora da abertura do colégio, dois homens, um deles usando uma jaqueta e um chapéu de palha, subiram no telhado do local e exibiram um bandeirola com uma foto de Cameron que dizia: "Britânicos, se conscientizem de seu lugar. Votem Eton --Votem Tory".
Os dois eleitores debochados abriram uma garrafa de champanhe e explicaram que estava ali para celebrar e não para protestar. Depois, se retiraram pacificamente do local.
Azarão
Considerado a surpresa da eleição, o líder liberal democrata, Nick Clegg, votou em sua sessão de Sheffield (norte da Inglaterra), acompanhado da mulher, a espanhola Miriam González.
Lindsey Parnaby/Efe | ||
O candidato liberal democrata Nick Clegg chega para votar ao lado da mulher, a espanhola Miriam Gonzalez Durantez |
O casal chegou ao colégio eleitoral às 11h15 locais (7h15 no horário de Brasília). Miriam não pôde votar por não ter adotado a nacionalidade britânica.
"Não creio que meu voto seja secreto", brincou Clegg, que classificou estas eleições como uma "oportunidade única em uma geração" para mudar a política britânica.
Leia mais sobre as eleições britânicos
- Britânicos vão às urnas nesta quinta sob temor de Parlamento "enforcado"
- Crise, corrupção e pouco carisma prejudicam Brown nas eleições
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