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Diminuem esperanças de fim imediato de protestos na Tailândia
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AMBIKA AHUJA
da Reuters, em Bancoc
Diminuíram nesta quinta-feira as esperanças de um final imediato para semanas de protestos contra o governo na Tailândia, depois que ambos os lados se acusaram de insinceridade e divergiram sobre detalhes de um plano de reconciliação convocando eleições para novembro.
O primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva disse que dissolveria o Parlamento na segunda quinzena de setembro como parte de um plano de cinco pontos anunciado nesta semana, a fim de pôr fim à crise que causou a morte de 27 pessoas e deixou mais de mil feridos.
Isso, no entanto, não convenceu milhares de manifestantes "camisas vermelhas", em sua maioria pobres das cidades e da zona rural, que se recusam a deixar uma faixa de três quilômetros quadrados de uma área de lojas de departamento, hotéis luxuosos e prédios caros, ocupada desde 3 de abril.
"Ainda temos problemas com muitas questões", disse Nattawut Saikua, um dos líderes dos protestos. Eles ainda não haviam concordado com a proposta de Abhisit para uma eleição em 14 de novembro, disse ele.
Os partidários do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra pareciam se organizar para uma permanência ainda mais longa no que se transformou numa cidade dentro da cidade.
Centenas de pessoas chegarão à noite vindas do nordeste, reduto de Thaksin, disse outro líder das manifestações, Kwanchai Paipanna.
Mais cedo, foram levados mais banheiros móveis e colocadas placas de madeira no chão para evitar as ruas escorregadias, na medida em que começa a temporada das monções (chuvas).
Nattawut questionou se o plano de Abhisit tinha o apoio dos tradicionais apoiadores do governo depois de ele ter sido criticado por um grupo de manifestantes com camisas amarelas representando os interesses do establishment da aristocracia monarquista e da elite.
Os "camisas amarelas", cuja ocupação de oito dias do aeroporto de Bancoc em 2008 ajudou a derrubar o governo aliado a Thaksin, disse que Abhisit deveria renunciar caso ele não consiga aplicar a lei e pôr fim à ocupação do principal distrito comercial de Bancoc.
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