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Divididos, camisas vermelhas ainda não têm decisão sobre proposta do governo
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da Reuters, em Bancoc
Demonstrando indecisão e divisão entre o próprio movimento, os camisas vermelhas ainda não decidiram se deixam ou não o centro financeiro da capital tailandesa Bancoc, após sinalizarem um aceite preliminar do plano de reconciliação oferecido pelo primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva.
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O plano, que inclui a dissolução do Parlamento e convocação de novas eleições previstas para novembro, foi aceito com ressalvas, principalmente quanto à data das eleições. Uma resposta definitiva, que levaria à manutenção ou parada dos protestos na cidade, ainda não foi anunciada pelos rebeldes.
No domingo (9) o primeiro-ministro exigiu em pronunciamento televisivo que os manifestantes se retirassem imediatamente do centro de Bancoc.
Os camisas vermelhas, seguidores do ex-premiê Thaksin Shinawatra, em geral de origens rurais e pobres, cancelaram entrevistas coletivas no domingo à noite e na segunda-feira de manhã, em meio a rumores de que seus líderes não estariam chegando a um acordo quanto à resposta a ser dada ao governo.
"O governo não demonstrou nenhuma sinceridade conosco", disse um dos líderes, Weng Tojirakarn, num palanque no local dos protestos. "Até agora não houve nenhuma resposta do governo a nenhum dos nossos pedidos, o que inclui suspender o estado de emergência antes de acabar os protestos."
Tiros e granadas mataram dois policiais e feriram 13 outros no fim de semana. Na segunda-feira, o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva exigiu uma "resposta clara" à sua oferta, mas não disse como reagirá se a oposição não se manifestar.
As autoridades ainda enfrentam o dilema de como desalojar milhares de manifestantes, inclusive mulheres e crianças, do acampamento fortificado que se espalha por três quilômetros quadrados em um elegante bairro comercial de Bancoc.
Impacto financeiro
A Bolsa local subiu mais de 1% na segunda-feira, menos do que outros mercados asiáticos, que refletiram o otimismo com o plano da União Europeia para ajudar países endividados da zona do euro. O mercado tailandês tem sido duramente atingido pela crise política que já dura dois meses.
"Uma rejeição do plano será um revés para os esforços de paz com relação ao atual impasse político, e pode levar a uma redução dos fluxos estrangeiros para o mercado de ações", disse Sukit Udomsirikul, analista-sênior da Siam City Securities.
Suchada Kirakul, diretor do Banco Central, disse que a Tailândia registrou uma saída de US$ 800 milhões em capital externo na semana passada, mas acrescentou que a instabilidade política teve pouco impacto direto sobre o baht, a moeda local.
As manifestações dos camisas vermelhas começaram em meados de março, e desde 3 de abril eles acampam em Bancoc, obrigando ao fechamento de shoppings e hotéis, e afetando a economia.
A crise política remonta a 2005, quando Thaksin ainda governava, e expõe uma profunda divisão entre camponeses pobres e as elites e a classe média urbanas.
(Reportagem adicional de Pracha Hariraksapitak)
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