Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/05/2010 - 11h53

Chance de sobrevivência de general ferido na Tailândia é baixa, diz médico

Publicidade

da Reportagem Local

O opositor major general Khattiya Sawasdipol, ferido nesta quinta-feira em meio aos confrontos entre camisas vermelhas e tropas do governo, está com inchaço no cérebro e tem poucas chances de sobreviver, disse o médico Chaiwan Charoenchokethawee, diretor do Hospital Vajira.

Em entrevista à televisão, Chaiwan disse que o general ainda está inconsciente e conectado a aparelhos. As equipes médicas monitoram sua condição a cada minuto.

Kerek Wongsa/Reuters
O general Khattiya Sawasdipol fala com guardas em Bancoc; ferido em protesto, ele foi hospitalizado às pressas
O general Khattiya Sawasdipol fala com guardas em Bancoc; ferido em protesto, ele foi hospitalizado às pressas

Chaiwan confirmou ainda que Khattiya foi ferido com um tiro na têmpora. Os cirurgiões o operaram para retirar coágulos de sangue do cérebro e reduzir o inchaço.

O militar, um dos representantes do alto escalão dos camisas vermelhas, aparentemente foi atingido por um franco-atirador e levado às pressas para o hospital da região. Ele foi alvejado no mesmo momento em que os camisas vermelhas lançavam foguetes a partir das barricadas, para alertar para a aproximação de soldados.

O governo acusa o general Khattiya, 58, de ser um dos principais adversários da reconciliação, considerando-o um terrorista. Ele seria um aliado de Thaksin Shinawatra, o ex-primeiro-ministro no exílio derrubado por um golpe militar em 2006, e cujo legado é defendido por muitos dos manifestantes antigovernamentais.

Em abril passado, autoridades tailandesas expediram uma ordem de busca e captura contra Khatttiya, após acusá-lo pelas mortes de vários militares durante confrontos entre soldados das forças de segurança e manifestantes.

"Foi uma clara tentativa de decapitar a liderança militar dos camisas vermelhas", disse nesta quinta-feira à Reuters o consultor de segurança Anthony Davies. "É uma medida tática inteligente, que causará tumulto entre os militares ligados aos camisas vermelhas, e uma mensagem de que, se continuarem a se recusar a negociar, irão arcar com consequências extremas", afirmou.

Um dos membros dos camisas vermelhas, parte da Frente Unida pela Democracia e Contra a Ditadura, Kwanchai Praipana, disse que o general foi atingido por um atirador do alto de um dos prédios próximos ao Parque Lumpini.

Confrontos

A escalada dos confrontos entre as tropas do Exército da Tailândia e os oposicionistas conhecidos como camisas vermelhas nesta sexta-feira já deixa ao menos quatro mortos. O número de mortos sobe para cinco desde a noite desta quinta-feira, quando as tropas iniciaram operação para acabar com a ocupação da capital Bancoc.

Outras 72 pessoas ficaram feridas, incluindo três jornalistas, segundo testemunhas e hospitais da capital. O balanço anterior, do começo desta manhã, era de dois mortos e 20 feridos.

Ahmad Yusni/Efe
Manifestante da oposição segura bandeira em meio a protestos contra o governo; cinco manifestantes morreram
Manifestante da oposição segura bandeira em meio a protestos contra o governo; cinco manifestantes morreram

O Centro de Emergências afirmou que uma das vítimas, um homem de 33 anos, foi atingida no tórax por um tiro durante choque com as tropas.

Um jornalista canadense que trabalha para a TV France 24 foi atingido por ao menos três tiros, mas está em estado estável de saúde. Outros dois jornalistas tailandeses também foram feridos por balas.

As tropas da Tailândia enfrentaram os manifestantes nesta sexta-feira com gás lacrimogêneo, balas de borracha e munição.

Os manifestantes lançaram pedras e alguns foguetes de fabricação caseira contra as tropas, em três ruas que cercam o distrito comercial de Bancoc, onde eles mantêm um acampamento há seis semanas. As tropas dizem ainda que alguns dos manifestantes estavam armados.

Ao anoitecer no país, ao menos cinco explosões foram ouvidas, seguidas de tiros de armas automáticas no distrito comercial de Bancoc.

O Exército mandou tropas fortemente armadas para evacuar os distritos comercial e empresarial de Bancoc, combatendo manifestantes em várias intersecções. Muitos moradores da região puderam ouvir as explosões e tiros.

Com agências internacionais

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página