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Líder da Al Qaeda no Iêmen defende clérigo americano e ameaça EUA
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Colaboração para a Folha
O líder da rede terrorista Al Qaeda no Iêmen divulgou neste domingo uma gravação pela internet ameaçando atacar os Estados Unidos caso algo aconteça a um clérigo radical americano que está na lista de procurados da CIA, a agência de inteligência americana.
O clérigo Anwar al Awlaki é procurado vivo ou morto desde abril, segundo autoridades dos EUA. Baseado no Iêmen, ele é uma figura de liderança da ala regional da Al Qaeda no país, e se responsabilizou pelo atentado fracassado a um avião com destino a Detroit em dezembro.
Na gravação de dez minutos, que aparece em um website de militantes, o líder regional Abu Baseer al Wahishi elogiou Awlaki como "um exemplo à nação islâmica" e disse que eles não irão "nunca se render aos infiéis".
Na gravação, Wahishi defende Awlaki e ameaça os EUA, dizendo que "nenhum mal" vai acontecer ao clérigo "enquanto houver pulso em nossas veias, quer as acusações americanas sejam comprovadas ou não, porque a jihad [guerra santa] não é um crime".
Wahishi também disse que os esforços americanos para captura Awlaki "morto ou vivo não beneficiam o povo americano e a guerra não vai acabar com a prisão ou morte de um líder". "A guerra segue por dez anos no Iraque e no Afeganistão, apesar da morte e prisão de muitos líderes."
Finalmente, ele ridicularizou o esforço americano por 20 anos para capturar o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.
"Cada governante da Casa Branca mentiu ao prometer matar ou prendê-lo. Eles saíram um depois do outro, mas o xeque [bin Laden] ainda paira soberano e é um espinho para os americanos".
A gravação foi produzida pelo braço de mídia da Al Qaeda, al Malahem. A autenticidade da gravação não pode ser imediatamente verificada, mas a voz se parecia com a de Wahishi em gravações anteriores.
Carreira militante
Awlaki, 38, nasceu no Novo México, e acredita-se que esteja escondido no Iêmen, terra de seus pais. Ele usou seu website pessoal para encorajar muçulmanos em todo o mundo a matar soldados americanos no Iraque.
Ele surgiu como um proeminente recrutador da Al Qaeda e foi ligado, pela inteligência americana, aos sequestradores do 11 de Setembro, além de com Umar Farouk Abdulmutallab, nigeriano acusado de tentar explodir um avião indo para Detroit no dia do Natal. Ele também teria ligações com o major Nidal Malik Hasan, psiquiatra do Exército acusado de matar 13 pessoas em novembro em Fort Hodd, no Texas.
O crescente envolvimento de Awlaki no planejamento e operação da Al Qaeda na Península Arábica levaram o governo do presidente Barack Obama a colocá-lo na lista de terroristas procurados vivos ou mortos, segundo um oficial americano de combate ao terrorismo.
Acredita-se que ele esteja escondido na Província de Shabwa, região montanhosa onde vive sua tribo. Sua família e muitos membros de sua poderosa tribo negam que Awlaki seja membro da Al Qaeda, e falam dele como uma vítima de perseguição dos EUA e do Iêmen.
Com agências internacionais
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