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18/05/2010 - 09h44

Coreia do Norte nega envolvimento em naufrágio de navio sul-coreano

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da Reportagem Local

O vice-presidente da Assembleia Popular Suprema (Parlamento) da Coreia do Norte, Yang Hyong-sop, negou a participação de seu país na explosão que causou o naufrágio de um navio de guerra da Coreia do Sul e a morte de 46 tripulantes, em março passado.

A equipe internacional que investiga o naufrágio do Cheonan, na disputada fronteira do mar Amarelo, apresentará as conclusões na próxima quinta-feira (20).

Em encontro realizado na segunda-feira em Pyongyang, Yang criticou as autoridades de Seul por levar a situação a um "confronto extremo", após relacionar a Coreia do Norte "de forma forçada" com o afundamento de sua embarcação em águas próximas à fronteira marítima entre os países.

Esta é a primeira ocasião em que um importante nome do regime comunista menciona o incidente, embora Pyongyang já tenha negado em abril sua responsabilidade através da agência oficial KCNA.

O navio de guerra Cheonan, de 1.200 toneladas, afundou em 26 de março passado, com 104 pessoas a bordo, depois de uma explosão próximo à fronteira marítima disputada com a Coreia do Norte. Ao todo, 58 tripulantes foram resgatados antes de o navio se partir ao meio. Outros 46 morreram.

A imprensa sul-coreana afirma hoje que o país reuniu "provas conclusivas" que demonstram que o naufrágio foi provocado por um torpedo norte-coreano, após a análise dos rastros químicos nos destroços do navio.

"A análise das peças de metal e dos rastros de explosivos encontrados no navio Cheonan e no leito marinho nos permitiu obter provas conclusivas de que houve um ataque com torpedo por parte da Coreia do Norte", afirmou uma fonte militar citada pela agência de notícias Yonhap.

Os rastros de explosivos têm uma composição química similar às substâncias encontradas em um torpedo norte-coreano recuperado há sete anos pela Coreia do Sul, completou a mesma fonte.

O ministro sul-coreano da Defesa se recusou a fazer qualquer comentário antes do anúncio oficial da equipe de investigação.

Reação

Seul prometeu uma "resposta enérgica" se ficasse constatada a responsabilidade da Coreia do Norte.

Mas mesmo se a culpa for atribuída a Pyongyang, há pouco que Seul possa fazer, segundo analistas. Uma reação militar poderia prejudicar a rápida recuperação econômica sul-coreana, além de fortalecer internamente o regime comunista norte-coreano.

Sob o governo de Lee, a Coreia do Sul abandonou a ajuda incondicional ao Norte, de modo a pressionar o miserável vizinho a abrir mão de suas armas, especialmente as atômicas.

"A questão nuclear ainda não foi resolvida. Isso e o incidente do Cheonan servem para infligir um impacto negativo sobre o governo Lee", disse o analista político Lee Nam-young, da Universidade Sejong, em Seul.

A reclusa Coreia do Norte negou envolvimento com o naufrágio na costa oeste da península, cenário de duas letais batalhas navais na última década. Pyongyang acusou Lee de usar o incidente para obter benefícios políticos antes das eleições locais sul-coreanas de junho.

 

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