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Dono clube de swing é condenado a três anos e meio de prisão na China
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da Reuters, em Pequim (China)
da Reportagem Local
O professor de colégio Ma Yaohai, 53, preso na China por manter um clube de swing, foi condenado nesta sexta-feira a três anos e meio de prisão. Ele disse que vai apelar da sentença e alegou que as orgias realizadas em seu estabelecimento não prejudicavam ninguém.
Ma e os membros do clube foram os primeiros a serem condenados por "libertinagem em grupo", em mais de 20 anos na China. O professor recebeu a mais dura pena, por ter alegado inocência.
"O que nós fizemos, foi para nossa própria felicidade", disse Ma à imprensa chinesa. Ao menos 21 de seus "clientes" também foram presos.
"As pessoas escolhem fazer isso para sua própria liberdade e eles sabem que podem parar a qualquer momento", disse. "Nós não prejudicamos ninguém".
Ma comparou o swing de casais a uma taça de vinho. "Casamento é como água, você tem que beber. Fazer swing é como uma taça de vinho. Você bebe se você gosta. Se você não gosta, não bebe".
Entre os 14 homens e oito mulheres presos havia funcionários de escritório, motoristas de taxi e vendedores de lojas. Eles eram membros do clube de swing de Ma, no qual as pessoas se conheciam pela internet e depois se encontravam em casas ou hotéis para festas de sexo grupal.
O julgamento começou em 7 de abril passado e durou dois dias. O veredicto de Ma, único membro que alegou inocência, foi revelado apenas nesta sexta-feira.
O caso atraiu bastante atenção do público pelos detalhes sórdidos e também gerou um debate mais profundo sobre a liberdade sexual em um país em fase de mudanças e modernização.
Duas vezes divorciado, o professor começou a se interessar por swing em 2003 após o fracasso de seus casamentos. Ele inicialmente entrou em bate-papos na internet e criou seu próprio grupo de swing em 2007. Com o tempo, 200 pessoas entraram em seu grupo, organizando 35 encontros entre 2007 e 2009, disse Yao. Ma teria participado de 18 encontros.
O acusado recebeu apoio do público. Uma pesquisa feita pela internet pela TV Phoenix mostrou que 70% de 2.000 pessoas achavam que ele deveria absolvido.
Uma pesquisa feita em 2006 pelo Instituto sobre Sexualidade e Gênero mostrou que 40% de 6.000 pessoas acreditavam que sexo grupal não deveria ser crime, enquanto os outros 60% achavam o ato imoral, mas não defendiam penas severas.
Mesmo alunos de Ma defenderam o professor. "E aquelas autoridades corruptas que secretamente têm amantes? Há tantos outros problemas na vida das pessoas. Por que [autoridades do governo] não resolvem esses problemas em vez de focarem nesse caso?", escreveu um de seus alunos na internet.
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