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21/07/2004
-
07h40
da France Presse, em Gaza
da Folha Online
Os palestinos saudaram nesta quarta-feira a "resolução histórica" representada pela votação da Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o muro de separação que Israel está construindo na Cisjordânia.
"Não se trata somente de uma decisão histórica, mas da decisão mais importante para a causa palestina desde 1947", afirmou o ministro encarregado de negociações, Saeb Erekat.
"A resolução confirma o caráter ilegal da ocupação israelense e anula as medidas tomadas que incluem Jerusalém Leste", anexada por Israel, disse Erekat.
Resolução
A Assembléia Geral aprovou nesta terça-feira a resolução que julga ilegal a barreira que Israel está construindo na Cisjordânia.
Com 150 votos a favor contra 6 --incluindo os Estados Unidos-- e 10 abstenções, a votação confirmou as previsões de delegados árabes, que haviam dito que a medida esboçada pelo observador palestino na ONU, Nasser al Kidwa, já tinha votos suficientes para sua adoção na assembléia.
O esboço de resolução palestino aprovado pede, entre outras coisas, que Israel obedeça à decisão da CIJ (Corte Internacional de Justiça), pare com a construção da barreira na Cisjordânia e pague indenização aos palestinos que tiveram suas propriedades afetadas pelo muro.
Apoio internacional
No último dia 9, a CIJ declarou que a barreira que Israel está construindo para isolar seu território da Cisjordânia é ilegal. A CIJ também fez um apelo à Assembléia Geral e ao Conselho de Segurança da ONU para que se dê fim à "situação ilegal" que provocou a construção do muro israelense na Cisjordânia.
A votação na assembléia, assim como a decisão da CIJ, não tem valor legal, mas ambas simbolizam o apoio internacional a favor da destruição da barreira.
Em junho, a Corte Suprema israelense já havia ordenado mudança de traçado da obra para não prejudicar moradores palestinos.
Parcialidade
O embaixador israelense Dan Gillerman chamou a resolução de "parcial e totalmente contraproducente" e disse que a construção da barreira continuará em conformidade com o direito internacional decidido pela Suprema Corte israelense.
"Isto não é justiça, mas uma perversão da justiça", disse ele.
Israel alega que a construção da barreira é necessária para evitar a entrada de terroristas palestinos em seu território.
Negociações
Todos os 25 Estados-membros da UE (União Européia) votaram a favor do esboço da resolução palestina. As negociações entre diplomatas árabes e da UE duraram até a tarde de ontem e resultaram em mudanças adicionais no esboço apresentado hoje.
De acordo com os pedidos da UE, o esboço condenou todos os atos de terrorismo e exigiu que Israel e os palestinos se responsabilizem pelo plano de paz elaborado pelo Quarteto [EUA, União Européia, Nações Unidas e Rússia].
Os EUA, país aliado mais próximo de Israel, votou "não". Segundo o vice-embaixador americano, James Cunningham, a resolução adotada é "desequilibrada".
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Palestinos saúdam "resolução histórica" da ONU contra o muro
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da Folha Online
Os palestinos saudaram nesta quarta-feira a "resolução histórica" representada pela votação da Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o muro de separação que Israel está construindo na Cisjordânia.
"Não se trata somente de uma decisão histórica, mas da decisão mais importante para a causa palestina desde 1947", afirmou o ministro encarregado de negociações, Saeb Erekat.
"A resolução confirma o caráter ilegal da ocupação israelense e anula as medidas tomadas que incluem Jerusalém Leste", anexada por Israel, disse Erekat.
Resolução
A Assembléia Geral aprovou nesta terça-feira a resolução que julga ilegal a barreira que Israel está construindo na Cisjordânia.
Com 150 votos a favor contra 6 --incluindo os Estados Unidos-- e 10 abstenções, a votação confirmou as previsões de delegados árabes, que haviam dito que a medida esboçada pelo observador palestino na ONU, Nasser al Kidwa, já tinha votos suficientes para sua adoção na assembléia.
O esboço de resolução palestino aprovado pede, entre outras coisas, que Israel obedeça à decisão da CIJ (Corte Internacional de Justiça), pare com a construção da barreira na Cisjordânia e pague indenização aos palestinos que tiveram suas propriedades afetadas pelo muro.
Apoio internacional
No último dia 9, a CIJ declarou que a barreira que Israel está construindo para isolar seu território da Cisjordânia é ilegal. A CIJ também fez um apelo à Assembléia Geral e ao Conselho de Segurança da ONU para que se dê fim à "situação ilegal" que provocou a construção do muro israelense na Cisjordânia.
A votação na assembléia, assim como a decisão da CIJ, não tem valor legal, mas ambas simbolizam o apoio internacional a favor da destruição da barreira.
Em junho, a Corte Suprema israelense já havia ordenado mudança de traçado da obra para não prejudicar moradores palestinos.
Parcialidade
O embaixador israelense Dan Gillerman chamou a resolução de "parcial e totalmente contraproducente" e disse que a construção da barreira continuará em conformidade com o direito internacional decidido pela Suprema Corte israelense.
"Isto não é justiça, mas uma perversão da justiça", disse ele.
Israel alega que a construção da barreira é necessária para evitar a entrada de terroristas palestinos em seu território.
Negociações
Todos os 25 Estados-membros da UE (União Européia) votaram a favor do esboço da resolução palestina. As negociações entre diplomatas árabes e da UE duraram até a tarde de ontem e resultaram em mudanças adicionais no esboço apresentado hoje.
De acordo com os pedidos da UE, o esboço condenou todos os atos de terrorismo e exigiu que Israel e os palestinos se responsabilizem pelo plano de paz elaborado pelo Quarteto [EUA, União Européia, Nações Unidas e Rússia].
Os EUA, país aliado mais próximo de Israel, votou "não". Segundo o vice-embaixador americano, James Cunningham, a resolução adotada é "desequilibrada".
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