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21/07/2004
-
09h48
da Folha Online
O governo de Israel disse nesta quarta-feira que manterá a construção do "muro de proteção" na Cisjordânia, apesar de a Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), reunida ontem, ter aprovado uma resolução que ordena a sua demolição. Foram 150 votos a favor, seis contra --entre eles os EUA-- e dez abstenções.
A votação confirmou as previsões de delegados árabes, que haviam dito que a medida esboçada pelo observador palestino na ONU, Nasser al Kidwa, já tinha votos suficientes para sua adoção na assembléia.
Em resposta ao governo israelense, os palestinos disseram que vão recorrer a sanções internacionais para exigir que a ordem da ONU seja cumprida.
"A construção da barreira vai continuar", disse Raanan Gissin, porta-voz do premiê israelense, Ariel Sharon.
No dia 9, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia (Holanda), declarou que o muro que Israel está construindo entre seu território e a Cisjordânia viola o direito internacional. O tribunal pediu que a ONU tomasse medidas para interromper a obra. A decisão foi tomada por 14 votos contra 1. Só o juiz dos EUA votou contra.
"Impedir terroristas"
Israel alega que a construção do muro é necessária para impedir a entrada de terroristas no país. Mas o CIJ afirmou que a alegação de Israel não justifica restrições à movimentação dos palestinos --que consideraram a construção da barreira como um "apartheid".
Gissin disse que Israel não se surpreendeu com a votação da ONU, acrescentando que a decisão de "tirania da maioria da Assembléia Geral, onde sempre prevalece o sentimento contra o Estado judeu".
Todos os 25 Estados-membros da UE (União Européia) votaram a favor do esboço da resolução palestina. As negociações entre diplomatas árabes e da UE duraram até a tarde desta terça-feira e resultaram em mudanças adicionais no esboço apresentado hoje.
De acordo com os pedidos da UE, o esboço condenou todos os atos de terrorismo e exigiu que Israel e os palestinos se responsabilizem pelo mapa do caminho, o plano de paz elaborado pelo Quarteto [EUA, União Européia, Nações Unidas e Rússia].
Os EUA, país aliado mais próximo de Israel, votou "não". Segundo o vice-embaixador americano, James Cunningham, a resolução adotada é "desequilibrada".
Com agências internacionais
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O governo de Israel disse nesta quarta-feira que manterá a construção do "muro de proteção" na Cisjordânia, apesar de a Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), reunida ontem, ter aprovado uma resolução que ordena a sua demolição. Foram 150 votos a favor, seis contra --entre eles os EUA-- e dez abstenções.
A votação confirmou as previsões de delegados árabes, que haviam dito que a medida esboçada pelo observador palestino na ONU, Nasser al Kidwa, já tinha votos suficientes para sua adoção na assembléia.
Reuters |
Israel não pára a construção do "muro de proteção" |
Em resposta ao governo israelense, os palestinos disseram que vão recorrer a sanções internacionais para exigir que a ordem da ONU seja cumprida.
"A construção da barreira vai continuar", disse Raanan Gissin, porta-voz do premiê israelense, Ariel Sharon.
No dia 9, a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia (Holanda), declarou que o muro que Israel está construindo entre seu território e a Cisjordânia viola o direito internacional. O tribunal pediu que a ONU tomasse medidas para interromper a obra. A decisão foi tomada por 14 votos contra 1. Só o juiz dos EUA votou contra.
"Impedir terroristas"
Israel alega que a construção do muro é necessária para impedir a entrada de terroristas no país. Mas o CIJ afirmou que a alegação de Israel não justifica restrições à movimentação dos palestinos --que consideraram a construção da barreira como um "apartheid".
Gissin disse que Israel não se surpreendeu com a votação da ONU, acrescentando que a decisão de "tirania da maioria da Assembléia Geral, onde sempre prevalece o sentimento contra o Estado judeu".
Todos os 25 Estados-membros da UE (União Européia) votaram a favor do esboço da resolução palestina. As negociações entre diplomatas árabes e da UE duraram até a tarde desta terça-feira e resultaram em mudanças adicionais no esboço apresentado hoje.
De acordo com os pedidos da UE, o esboço condenou todos os atos de terrorismo e exigiu que Israel e os palestinos se responsabilizem pelo mapa do caminho, o plano de paz elaborado pelo Quarteto [EUA, União Européia, Nações Unidas e Rússia].
Os EUA, país aliado mais próximo de Israel, votou "não". Segundo o vice-embaixador americano, James Cunningham, a resolução adotada é "desequilibrada".
Com agências internacionais
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