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16/08/2004 - 15h00

Observadores confirmam vitória de Chávez em referendo

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da Folha Online

O Centro Carter e a OEA (Organização dos Estados Americanos), que participam como observadores internacionais do referendo revogatório do mandato do presidente Hugo Chávez, respaldaram o resultado parcial anunciado nesta madrugada pelo CNE, que dá vitória a Chávez.

Com 94,49% dos votos apurados, o presidente Hugo Chávez venceu o primeiro referendo revogatório contra um chefe de governo da história da Venezuela.

O anúncio do resultado foi feito na madrugada desta segunda-feira pelo presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Francisco Carrasquero, em rede nacional. O "não", favorável a Chávez, obteve 4.991.483 votos (58,25%) contra 3.576.517 (41,74%) para o "sim" da oposição, após a contagem de 94,49% dos votos.

"A votação superou os 10 milhões de eleitores e há uma clara diferença a favor do governo do presidente Chávez", disse o ex-presidente americano Jimmy Carter (1977-1981), do Centro Carter, ao lado do secretário-geral da OEA, César Gavíria.

Denúncias

O anúncio dos observadores internacionais ocorre em meio a denúncias de fraude da oposição.

Dois membros CNE, conhecidos como opositores, tinham antecipado que não validariam os resultados oficiais, segundo informou um deles, a reitora Sobella Mejía, ao denunciar que não foi feita uma auditoria completa dos papéis de votação.

Logo que foi divulgado o resultado pela TV, o céu de Caracas (capital) se encheu de fogos de artifício.

Centenas de chavistas já comemoram a vitória em frente ao Palácio Miraflores, sede do governo.

O ineditismo do referendo para presidente da República é obra do próprio Chávez que, em 1999, aprovou o dispositivo na nova Constituição do país.

Demora

O recorde de participação e a burocracia da votação --nos locais em que foi utilizado o sistema eletrônico, o eleitor tinha de se identificar através da digital, votar na urna eletrônica e depois depositar uma cédula de papel impressa em uma outra urna-- fizeram com que o CNE anunciasse duas prorrogações do horário de votação.

Os venezuelanos enfrentaram filas de até oito horas e puderam votar até a meia-noite (1h desta segunda-feira em Brasília).

Em junho de 2004, após a oposição entregar o número suficiente de assinaturas para requerer o referendo, em um processo de validação de assinaturas que foram postas em dúvida pelo CNE, foi dada a largada para a campanha rumo ao referendo.

Com agências internacionais

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