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09/09/2004 - 13h41

Carro-bomba na Indonésia deixa nove mortos e 160 feridos

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da Folha Online

A explosão de um carro-bomba em frente à Embaixada da Austrália, em Jacarta, na Indonésia, matou nove pessoas e deixou mais de 160 feridos nesta quinta-feira, segundo fontes do governo e hospitalares.

O principal suspeito do atentado é o grupo Jemaah Islamiyah [o grupo extremista islâmico é acusado de manter contatos em outros países do Sudeste Asiático e de ter ligação com a rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden].

O grupo é responsabilizado por várias ações, inclusive uma explosão semelhante, há um ano, no hotel Marriot, que fica na mesma região e que deixou 12 mortos. "O tipo de operação é igual", afirmou o chefe da polícia da Indonésia, Dai Bachtiar.

Austrália

No ataque de hoje, 12 cidadãos australianos se feriram ao serem atingidos por estilhaços de vidro, que voaram das vidraças de um shopping center, próximo ao local da explosão. Três diplomatas da embaixada grega, que ficava no 12º andar do prédio vizinho, também estão hospitalizados.

A Embaixada da Austrália fica numa região da cidade que abriga a maioria das embaixadas e consulados, shopping centers, e escritórios.

Em Atenas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores grego, Giergos Koumoutsakos, disse que a embaixada grega no 12º andar de um prédio próximo foi atingido e três diplomatas ficaram levemente feridos.

O primeiro-ministro australiano, John Howard, enviou à Indonésia seu ministro das Relações Exteriores, Alexander Downer, que já declarou que a Austrália foi alvo de um "atentado terrorista".

"Trata-se claramente de um atentado terrorista. Ocorreu no exterior da embaixada e podemos concluir que estávamos diretamente na mira", acrescentou Downer.

Pedaços de corpos estão espalhados por toda a rua. Pouco depois da explosão, sobreviventes tentavam encontrar familiares e amigos, entre os escombros e os mortos.

Queimaduras

Uma testemunha disse à rádio "El Shinta" que viu uma pessoa com o corpo gravemente queimado: "estava de uniforme verde e ficou caído diante da embaixada até ser levado por uma ambulância".

A fachada da sede diplomática ficou danificada e vários carros de bombeiros e ambulâncias foram enviados ao local, que foi isolado pela polícia.

A bomba teria sido uma ofensiva contra o governo indonésio, que mantém preso o clérigo muçulmano Abu Bakar Bashir, considerado pela Promotoria indonésia o líder espiritual do Jemaah Islamiyah. Ele nega o envolvimento, e acusa o governo de Jacarta de ceder às pressões de Washington na repressão de grupos islâmicos.

A explosão ocorre 11 dias antes do segundo turno das eleições presidenciais na Indonésia e a cinco dias da abertura oficial da campanha.

Com agências internacionais

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