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06/10/2004
-
17h24
da Folha Online
O Iraque não tinha estoques de armas químicas e biológicas antes da invasão norte-americana do ano passado e seu programa nuclear estava em decadência desde a Guerra do Golfo [em 1991], afirma o relatório produzido por Charles Duelfer, chefe dos inspetores de armas no Iraque nomeado pela administração de George W. Bush.
A conclusão contrasta com as declarações do presidente americano que tornou o tema a principal justificativa para declarar guerra ao Iraque, em março de 2003. A acusação feita por Bush à época recebeu apoio dos premiês Tony Blair [britânico] e Silvio Berlusconi [italiano].
As conclusões do relatório foram apresentadas nesta quarta-feira no Senado americano, a menos de quatro semanas das eleições presidenciais.
No texto de cerca de mil páginas, o inspetor disse que o programa de armas nucleares do Iraque havia se deteriorado desde 1991, mas afirmou que o presidente deposto Saddam Hussein não tinha abandonado suas ambições nucleares, químicas e biológicas.
Relatórios
O relatório sobre os atentados de 11 de Setembro já havia concluído que o Iraque não teve envolvimento nos ataques contra Nova York e Washington.
Nesta semana, o secretário de Defesa Donald Rumsfeld de que não havia uma "evidência forte e clara" ligando Saddam à Al Qaeda [de Osama bin Laden].
Outra declaração polêmica foi a do ex-administrador civil do Iraque, Paul Bremer, que nesta semana afirmou que os EUA jamais tiveram tropas suficientes no Iraque.
Eleições
A Guerra do Iraque e a segurança interna se tornaram temas centrais na disputa à Casa Branca nos dois debates que ocorreram nos EUA no dia 30 de setembro e ontem --entre os candidatos a vice-presidente, Dick Cheney [republicano] e John Edwards [democrata].
Bush defende a Guerra do Iraque afirmando que o mundo está mais "seguro" sem Saddam. O candidato democrata à Presidência, John Kerry, que votou a favor da guerra à época e depois recuou, afirma que o governo agiu sem dar tempo suficiente à ONU (Organização das Nações Unidas) para verificar a existência dos armamentos.
De acordo com dados do governo dos EUA, mais de mil soldados americanos já morreram no Iraque desde o início da guerra.
Saddam
Nesta quarta-feira, Bush reafirmou que o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein representava um perigo porque podia fornecer armas de destruição em massa e informações para fabricá-las a terroristas.
"Havia um risco, um risco real, que Saddam Hussein entregasse armas de destruição em massa, elementos [para fabricá-las] ou informação a redes terroristas. No mundo depois de 11 de Setembro, é um risco que não podíamos assumir", afirmou Bush durante um discurso em Wilkes-Barre (Pensilvânia).
Bush também atacou seu adversário democrata à Presidência, John Kerry, ao afirmar que suas propostas para lutar contra o terrorismo "enfraqueceriam os Estados Unidos e tornariam o mundo mais perigoso".
"O senador Kerry vê o mundo com uma visão que data de 10 de setembro", ironizou o presidente republicano, fazendo alusão aos atentados de 11 de Setembro.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o Iraque sob tutela
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Relatório dos EUA nega que Saddam tivesse armas de destruição
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O Iraque não tinha estoques de armas químicas e biológicas antes da invasão norte-americana do ano passado e seu programa nuclear estava em decadência desde a Guerra do Golfo [em 1991], afirma o relatório produzido por Charles Duelfer, chefe dos inspetores de armas no Iraque nomeado pela administração de George W. Bush.
A conclusão contrasta com as declarações do presidente americano que tornou o tema a principal justificativa para declarar guerra ao Iraque, em março de 2003. A acusação feita por Bush à época recebeu apoio dos premiês Tony Blair [britânico] e Silvio Berlusconi [italiano].
As conclusões do relatório foram apresentadas nesta quarta-feira no Senado americano, a menos de quatro semanas das eleições presidenciais.
No texto de cerca de mil páginas, o inspetor disse que o programa de armas nucleares do Iraque havia se deteriorado desde 1991, mas afirmou que o presidente deposto Saddam Hussein não tinha abandonado suas ambições nucleares, químicas e biológicas.
Relatórios
O relatório sobre os atentados de 11 de Setembro já havia concluído que o Iraque não teve envolvimento nos ataques contra Nova York e Washington.
Nesta semana, o secretário de Defesa Donald Rumsfeld de que não havia uma "evidência forte e clara" ligando Saddam à Al Qaeda [de Osama bin Laden].
Outra declaração polêmica foi a do ex-administrador civil do Iraque, Paul Bremer, que nesta semana afirmou que os EUA jamais tiveram tropas suficientes no Iraque.
Eleições
A Guerra do Iraque e a segurança interna se tornaram temas centrais na disputa à Casa Branca nos dois debates que ocorreram nos EUA no dia 30 de setembro e ontem --entre os candidatos a vice-presidente, Dick Cheney [republicano] e John Edwards [democrata].
Bush defende a Guerra do Iraque afirmando que o mundo está mais "seguro" sem Saddam. O candidato democrata à Presidência, John Kerry, que votou a favor da guerra à época e depois recuou, afirma que o governo agiu sem dar tempo suficiente à ONU (Organização das Nações Unidas) para verificar a existência dos armamentos.
De acordo com dados do governo dos EUA, mais de mil soldados americanos já morreram no Iraque desde o início da guerra.
Saddam
Nesta quarta-feira, Bush reafirmou que o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein representava um perigo porque podia fornecer armas de destruição em massa e informações para fabricá-las a terroristas.
"Havia um risco, um risco real, que Saddam Hussein entregasse armas de destruição em massa, elementos [para fabricá-las] ou informação a redes terroristas. No mundo depois de 11 de Setembro, é um risco que não podíamos assumir", afirmou Bush durante um discurso em Wilkes-Barre (Pensilvânia).
Bush também atacou seu adversário democrata à Presidência, John Kerry, ao afirmar que suas propostas para lutar contra o terrorismo "enfraqueceriam os Estados Unidos e tornariam o mundo mais perigoso".
"O senador Kerry vê o mundo com uma visão que data de 10 de setembro", ironizou o presidente republicano, fazendo alusão aos atentados de 11 de Setembro.
Com agências internacionais
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