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28/10/2004
-
09h13
da Folha Online
A Jordânia está disposta a receber o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, em um de seus hospitais caso seu retorno à Cisjordânia seja garantido por Israel, disse nesta quinta-feira a porta-voz do governo, Asma Jodr.
"Acompanhamos este caso com o maior interesse", disse Asma. O rei Abdullah 2º, da Jordânia, "ordenou a um grupo de médicos que visitasse Arafat, para acompanhar de perto seu estado de saúde. Se for necessária uma internação, estamos dispostos a ajudá-lo", acrescentou.
"Se Arafat tiver que ser internado em Amã, estamos dispostos a recebê-lo, mas o problema é que existe o medo de que, se ele partir, não seja autorizado a voltar para Ramallah", disse Asma.
Uma equipe médica jordaniana dirigida pelo médico particular de Arafat, Ashraf al Kurdi, viajou hoje para Ramallah, após obter autorização de Israel.
Transferência
Pouco antes, a rádio pública de Israel anunciou que a Autoridade Nacional Palestina (ANp) informou ao governo de Israel que pretendia transferir "imediatamente" seu presidente para um hospital de Ramallah [Cisjordânia].
pela manhã, Arafat pediu ao povo palestino e "ao mundo inteiro" que não se preocupassem por sua saúde ao mesmo tempo em que líderes de seu governo reúnem-se para discutir seu estado.
"O presidente [da Autoridade Nacional Palestina] quer dizer ao povo palestino e ao mundo inteiro que está bem e que não há necessidade para preocupação", declarou nesta quinta-feira Munib al Masri, em Ramallah [Cisjordânia], após ter passado alguns minutos com Arafat em seu quartel-general [a Mukata].
"Sua condição [de Arafat] é estável e ele fez orações enquanto estivemos juntos", disse.
De acordo com com autoridades palestinas e fontes médicas citadas pelas agências de notícias Associated Press e Reuters ontem, Arafat está "muito, muito doente", e seu estado seri agrave.
Arafat desmaiou ontem durante jantar do qual participavam o premiê Ahmed Korei e o seu antecessor, Mahmoud Abbas [também conhecido como Abu Mazen]. Arafat vomitou e em seguido desmaiou.
Oficialmente, o líder palestino sofre há dias por causa de uma forte gripe. Apesar de relatos de que o líder palestino vomitara ontem, autoridades palestinas negaram a informação. Uma endoscopia feita na segunda-feira (25) revelou que o estado de saúde do líder palestino é normal.
Autoridades palestinas também negaram que Arafat tenha ficado cerca de dez minutos inconsciente após um desmaio, como disseram ontem o jornal israelense "Haaretz" e a rádio pública de Israel.
Mais cuidados
Outras equipes médicas da Jordânia e do Egito devem chegar a Ramallah nesta quinta-feira para examinar Arafat, assim com a mulher do líder palestino, Suha, que ainda não esteve em Ramallah desde o início da Intifada [revolta palestina iniciada em setembro de 2000]. Suha é esperada em Ramallah hoje com a filha do casal, Zahwa, de 9 anos.
Nesta quinta-feira persistia a dúvida sobre o estado real da saúde de Arafat.
O estado de saúde Arafat teria se deteriorado nas últimas 24 horas. Na noite de ontem, Hassan Abu Libdeh, chefe do gabinete do premiê palestino Ahmed Korei, declarou que o estado de Arafat "era crítico".
A transferência de Arafat para um hospital de Ramallah já é prevista e uma decisão a respeito de seu traslado deve ser tomada nas próximas horas por seu médicos, disse Jamal al Shobaki, representante local da Autoridade Nacional Palestina.
Segundo Al Shobaki, "os médicos tentaram convencer Arafat a suspender o jejum [feito devido ao Ramadã] e a comer, mas o líder palestino negou-se a seguir as orientações médicas.
O Ramadã é o mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico.
Pedido
Durante uma conversa por telefone com Ariel Sharon, premiê israelense, Korei pediu a Israel que permita que Arafat receba todos os cuidados necessários, nesta quinta-feira.
Ariel Sharon, confirmou que permitirá o presidente da Autoridade NAcional Palestina deixe o seu quartel-general em Ramallah para se submeter a tratamento médico, se assim quiser --mas ainda não há nenhuma garantia de que Arafat seria autorizado a retornar para Ramallah caso deixasse a cidade.
Arafat está confinado em seu QG há dois anos por forças de Israel, que o acusa de ligações com o terrorismo.
Com agências internacionais
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A Jordânia está disposta a receber o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, em um de seus hospitais caso seu retorno à Cisjordânia seja garantido por Israel, disse nesta quinta-feira a porta-voz do governo, Asma Jodr.
"Acompanhamos este caso com o maior interesse", disse Asma. O rei Abdullah 2º, da Jordânia, "ordenou a um grupo de médicos que visitasse Arafat, para acompanhar de perto seu estado de saúde. Se for necessária uma internação, estamos dispostos a ajudá-lo", acrescentou.
"Se Arafat tiver que ser internado em Amã, estamos dispostos a recebê-lo, mas o problema é que existe o medo de que, se ele partir, não seja autorizado a voltar para Ramallah", disse Asma.
Uma equipe médica jordaniana dirigida pelo médico particular de Arafat, Ashraf al Kurdi, viajou hoje para Ramallah, após obter autorização de Israel.
Transferência
Pouco antes, a rádio pública de Israel anunciou que a Autoridade Nacional Palestina (ANp) informou ao governo de Israel que pretendia transferir "imediatamente" seu presidente para um hospital de Ramallah [Cisjordânia].
pela manhã, Arafat pediu ao povo palestino e "ao mundo inteiro" que não se preocupassem por sua saúde ao mesmo tempo em que líderes de seu governo reúnem-se para discutir seu estado.
"O presidente [da Autoridade Nacional Palestina] quer dizer ao povo palestino e ao mundo inteiro que está bem e que não há necessidade para preocupação", declarou nesta quinta-feira Munib al Masri, em Ramallah [Cisjordânia], após ter passado alguns minutos com Arafat em seu quartel-general [a Mukata].
"Sua condição [de Arafat] é estável e ele fez orações enquanto estivemos juntos", disse.
De acordo com com autoridades palestinas e fontes médicas citadas pelas agências de notícias Associated Press e Reuters ontem, Arafat está "muito, muito doente", e seu estado seri agrave.
Arafat desmaiou ontem durante jantar do qual participavam o premiê Ahmed Korei e o seu antecessor, Mahmoud Abbas [também conhecido como Abu Mazen]. Arafat vomitou e em seguido desmaiou.
Oficialmente, o líder palestino sofre há dias por causa de uma forte gripe. Apesar de relatos de que o líder palestino vomitara ontem, autoridades palestinas negaram a informação. Uma endoscopia feita na segunda-feira (25) revelou que o estado de saúde do líder palestino é normal.
Autoridades palestinas também negaram que Arafat tenha ficado cerca de dez minutos inconsciente após um desmaio, como disseram ontem o jornal israelense "Haaretz" e a rádio pública de Israel.
Mais cuidados
Outras equipes médicas da Jordânia e do Egito devem chegar a Ramallah nesta quinta-feira para examinar Arafat, assim com a mulher do líder palestino, Suha, que ainda não esteve em Ramallah desde o início da Intifada [revolta palestina iniciada em setembro de 2000]. Suha é esperada em Ramallah hoje com a filha do casal, Zahwa, de 9 anos.
Nesta quinta-feira persistia a dúvida sobre o estado real da saúde de Arafat.
O estado de saúde Arafat teria se deteriorado nas últimas 24 horas. Na noite de ontem, Hassan Abu Libdeh, chefe do gabinete do premiê palestino Ahmed Korei, declarou que o estado de Arafat "era crítico".
A transferência de Arafat para um hospital de Ramallah já é prevista e uma decisão a respeito de seu traslado deve ser tomada nas próximas horas por seu médicos, disse Jamal al Shobaki, representante local da Autoridade Nacional Palestina.
Segundo Al Shobaki, "os médicos tentaram convencer Arafat a suspender o jejum [feito devido ao Ramadã] e a comer, mas o líder palestino negou-se a seguir as orientações médicas.
O Ramadã é o mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico.
Pedido
Durante uma conversa por telefone com Ariel Sharon, premiê israelense, Korei pediu a Israel que permita que Arafat receba todos os cuidados necessários, nesta quinta-feira.
Ariel Sharon, confirmou que permitirá o presidente da Autoridade NAcional Palestina deixe o seu quartel-general em Ramallah para se submeter a tratamento médico, se assim quiser --mas ainda não há nenhuma garantia de que Arafat seria autorizado a retornar para Ramallah caso deixasse a cidade.
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Com agências internacionais
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