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29/10/2004
-
08h54
da Folha Online
O líder palestino Iasser Arafat, 75, presidente da Autoridade Nacional Palestina, já está na França, onde será internado para tratamento médico. Arafat ficará no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris [capital], em um quarto especial reservado a autoridades.
O avião da Força Aérea da França que transportava Arafat aterrissou no aeroporto de Villacoublay, nas cercanias de Paris, por volta das 13h30 (8h30 de Brasília).
O estado de saúde Arafat se deteriorou na quarta-feira (27) à noite.
Oficialmente, o líder palestino sofre há dias por causa de uma forte gripe. Apesar de relatos de que o líder palestino vomitara na quarta-feira, autoridades palestinas negaram a informação. Uma endoscopia feita na segunda-feira (25) revelou que o estado de saúde do líder palestino é debilitado, mas estável.
Arafat desmaiou na noite de quarta-feira durante jantar do qual participavam o premiê Ahmed Korei e o seu antecessor, Mahmoud Abbas [ou Abu Mazen]. Arafat vomitou e em seguida desmaiou. Representantes palestinos negaram o desmaio.
Futuro no Oriente Médio
Há muitas dúvidas sobre qual será o caminho político e militar do Oriente Médio, após a morte de Arafat (ou Mohammad Abdel Rauf Arafat al Qudwa al Husseini).
Apontado como terrorista, dois anos confinado em seu próprio QG em Ramallah, Arafat já não significa nada para o governo de Ariel Sharon, premiê de Israel. Mas para o "restante" do Oriente Médio, sua imagem ainda significa muito. Especialmente entre a população árabe mais pobre, confinada em enormes campos de refugiados.
Além disso, o centralizador e autoritário Arafat não deixa sucessor. Mas, sabe-se: seja quem for ele, terá de se sujeitar a conversar com Israel em situação de grande inferioridade econômica, militar, política e diplomática.
Viagem
Dois helicópteros da força aérea jordaniana transportaram o adoecido líder palestino do quartel-general de Ramallah, na Cisjordânia, para a capital Amã, capital da Jordânia. De lá, Arafat partiu rumo a Paris [França] a bordo de um avião cedido pelo governo francês.
Lentamente, o líder palestino embarcou a pé em um avião da Força Aérea da França, acompanhado de sua mulher, Suha, 42 --que vive em Paris com a filha do casal, de 9 anos, e que não via seu marido desde 2001.
"Se Deus quiser estarei de volta", afirmou Arafat a assessores antes de embarcar.
O líder palestino viajou deitado numa maca dentro do avião. O assessor Mohammad Rashid disse que Arafat parecia ter melhorado, acrescentando que os próximos dias serão decisivos.
Sangue
Um oficial ligado a Arafat, que não quis se identificar, declarou à agência de notícias Reuters ontem que há suspeitas de que o líder palestino sofra de leucemia [tipo de câncer em que há produção desordenada de células brancas no sangue].
Ele estaria sofrendo devido à baixa contagem de plaquetas no sangue, mas não parece estar com leucemia, rebateu ontem um de seus médicos.
Kurdi também disse que não há uma ameaça iminente à vida de Arafat. "Sua condição é ótima, seu espírito é elevado".
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O líder palestino Iasser Arafat, 75, presidente da Autoridade Nacional Palestina, já está na França, onde será internado para tratamento médico. Arafat ficará no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris [capital], em um quarto especial reservado a autoridades.
Patrick Gardin/AP |
Arafat é carregado em sua chegada à França |
O avião da Força Aérea da França que transportava Arafat aterrissou no aeroporto de Villacoublay, nas cercanias de Paris, por volta das 13h30 (8h30 de Brasília).
O estado de saúde Arafat se deteriorou na quarta-feira (27) à noite.
Oficialmente, o líder palestino sofre há dias por causa de uma forte gripe. Apesar de relatos de que o líder palestino vomitara na quarta-feira, autoridades palestinas negaram a informação. Uma endoscopia feita na segunda-feira (25) revelou que o estado de saúde do líder palestino é debilitado, mas estável.
Arafat desmaiou na noite de quarta-feira durante jantar do qual participavam o premiê Ahmed Korei e o seu antecessor, Mahmoud Abbas [ou Abu Mazen]. Arafat vomitou e em seguida desmaiou. Representantes palestinos negaram o desmaio.
Futuro no Oriente Médio
Há muitas dúvidas sobre qual será o caminho político e militar do Oriente Médio, após a morte de Arafat (ou Mohammad Abdel Rauf Arafat al Qudwa al Husseini).
Apontado como terrorista, dois anos confinado em seu próprio QG em Ramallah, Arafat já não significa nada para o governo de Ariel Sharon, premiê de Israel. Mas para o "restante" do Oriente Médio, sua imagem ainda significa muito. Especialmente entre a população árabe mais pobre, confinada em enormes campos de refugiados.
Além disso, o centralizador e autoritário Arafat não deixa sucessor. Mas, sabe-se: seja quem for ele, terá de se sujeitar a conversar com Israel em situação de grande inferioridade econômica, militar, política e diplomática.
Viagem
Dois helicópteros da força aérea jordaniana transportaram o adoecido líder palestino do quartel-general de Ramallah, na Cisjordânia, para a capital Amã, capital da Jordânia. De lá, Arafat partiu rumo a Paris [França] a bordo de um avião cedido pelo governo francês.
Lentamente, o líder palestino embarcou a pé em um avião da Força Aérea da França, acompanhado de sua mulher, Suha, 42 --que vive em Paris com a filha do casal, de 9 anos, e que não via seu marido desde 2001.
"Se Deus quiser estarei de volta", afirmou Arafat a assessores antes de embarcar.
O líder palestino viajou deitado numa maca dentro do avião. O assessor Mohammad Rashid disse que Arafat parecia ter melhorado, acrescentando que os próximos dias serão decisivos.
Sangue
Um oficial ligado a Arafat, que não quis se identificar, declarou à agência de notícias Reuters ontem que há suspeitas de que o líder palestino sofra de leucemia [tipo de câncer em que há produção desordenada de células brancas no sangue].
Ele estaria sofrendo devido à baixa contagem de plaquetas no sangue, mas não parece estar com leucemia, rebateu ontem um de seus médicos.
Kurdi também disse que não há uma ameaça iminente à vida de Arafat. "Sua condição é ótima, seu espírito é elevado".
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