Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/11/2004 - 22h39

Aviões norte-americanos atacam a cidade de Fallujah, no Iraque

Publicidade

da Folha Online

Aviões de guerra norte-americanos atacaram a cidade iraquiana de Fallujah na madrugada desta segunda (horário local), enquanto soldados em terra se posicionavam em pontos estratégicos para iniciar a ofensiva. O porta-voz do governo iraquiano, Thair Hassan al Naqib, informou que um confronto militar de grande escala ainda pode ser evitado, mas o premiê interino do Iraque, Iyad Allawi, "não está muito otimista em relação a essa hipótese".

Testemunhas disseram que viram diversos conflitos em algumas áreas da cidade, inclusive perto do rio Eufrates. Oficiais norte-americanos estimam que há entre 1.000 e 6.000 rebeldes na área, muitos deles simpatizantes do antigo governo de Saddam Hussein.

Na manhã deste domingo, o premiê interino do Iraque determinou o início da lei marcial (estado de emergência) no país. O alerta deve vigorar durante 60 dias, período em que o governo pode criar postos de controle, impor toques de recolher e até deter cidadãos, para apresentá-los em até 24 horas a um juiz. O decreto foi anunciado após rebeldes assassinarem, nesta manhã, 21 soldados iraquianos de três postos policiais diferentes na província de Al Anbar.

"Nós implementamos a lei hoje e vamos fazer isso sempre que necessário", garantiu Allawi, alertando as forças iraquianas e norte-americanas sobre as dificuldades que terão para enfrentar terroristas e rebeldes.

A região do Curdistão, no norte do país, está isenta do estado de emergência, pois o foco agora são os insurgentes de Fallujah. "Não podemos esperar para sempre. Estamos prontos para intervir e libertar a população que foi tomada como refém por grupos de terroristas e bandidos do velho regime", explicou o premiê interino. "No tempo de Saddam Hussein, essas pessoas estavam envolvidas com atrocidades", completou.

O anúncio sobre a lei marcial foi divulgado nesta manhã pelo porta-voz do governo iraquiano. Logo depois da notícia, fortes explosões foram ouvidas em Bagdá. A onda de violência deflagrada por insurgentes neste final de semana já matou 58 pessoas e deixou 60 feridos.

O foco da violência está concentrado no chamado Triângulo Sunita, conhecido por ser um bastião anti-Estados Unidos, e que compreende a capital Bagdá, a cidade de Ramadi [100 km ao oeste da capital] e Tikrit [180 km ao norte de Bagdá].

Oficiais iraquianos

Além dos 21 soldados da Província de Al Anbar, houve outros ataques que causaram mortes de oficiais iraquianos na região.

Três oficiais da Província de Diyala foram mortos quando se dirigiram para um funeral de um colega assassinado, em Karbala. Um dos colaboradores do governador Jassim Mohammed foi morto em Diyala junto aos membros do conselho da Província Shihab Ahmed e Dureid Mohammed, segundo um oficial iraquiano.

Reação

Múltiplas explosões ecoaram pela capital Bagdá neste domingo. Moradores locais disseram que granadas foram atiradas contra carros de polícia na rua Haifa, que fica no centro da cidade. Insurgentes atacaram também comboios militares americanos no oeste da cidade.

Um carro-bomba explodiu perto da casa do ministro interino das Finanças iraquiano, Adil Abdel Mahdi, que não foi ferido. Um de seus guardas morreu em decorrência da explosão.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Motorista morre vítima de ataque a comboio no Iraque
  • Governo declara estado de emergência no Iraque após 21 mortes

    Especial
  • Leia mais sobre o Iraque sob tutela
  • Leia o que já foi publicado sobre ataques em Fallujah
  • Leia o que já foi publicado sobre ataques em Ramadi
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página