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29/11/2004
-
13h02
da Folha Online
A Suprema Corte ucraniana não dará nesta segunda-feira um veredicto sobre a validade das eleições presidenciais, anunciou um dos juízes sem revelar quando a decisão será conhecida.
"A Corte dá à equipe do primeiro-ministro Viktor Yanukovich até as 10h locais (6h Brasília) desta terça-feira para estudar a situação", declarou o juiz Anatoli Iarema após um pedido neste sentido dos partidários de Yanukovich, discutido ganhador da eleição presidencial do último dia 21.
Nesta manhã, a Suprema Corte da Ucrânia começou a examinar a demanda da oposição, que questiona a vitória de Yanukovich na eleição presidencial. O resultado da análise pode reverter o resultado do pleito e pôr no comando do país o candidato derrotado Viktor Yushchenko.
O pedido de anulação é encabeçado por Yushchenko, líder da oposição derrotado na eleição, que diz que o pleito foi fraudado. Na semana passada, o Parlamento ucraniano considerou inválida a eleição.
O tribunal analisará as alegações de fraudes na eleição. Yushchenko, que lidera as manifestações populares há uma semana, quer o cancelamento dos resultados e a convocação de uma nova eleição para o dia 12 de dezembro.
"A análise deste caso pode levar desde algumas horas até mesmo muitos dias", disse a secretária de imprensa da Suprema Corte ucraniana, Liana Shlyaposhnikova.
Vinte e um juízes dos cem que compõem a Suprema Corte vão analisar o resultado da votação. Seus nomes serão mantidos em sigilo para que não sofram pressões políticas.
Manifestação
A decisão de examinar o resultado da eleição ucraniana só foi tomada na sexta-feira (26), depois da concentração de manifestantes nas ruas de Kiev [capital ucraniana] por toda a semana.
No dia seguinte à eleição, em 22 de novembro, observadores internacionais das eleições ucranianas disseram que os resultados foram fraudados. O enviado americano, senador Richard Lugar, afirmou que fraudes foram cometidas com a cumplicidade do governo. Segundo Thijs Berman, deputado do Parlamento Europeu, alguns eleitores votaram 40 vezes.
Tanto o governo dos Estados Unidos quanto a União Européia rejeitaram o resultado, que deu a vitória a Yanukovich por vantagem de cerca de 3% dos votos populares.
Tensão
Nesta manhã, mais uma vez milhares de partidários de Yushchenko se reuniram nas ruas de Kiev [capital]. Os manifestantes gritavam "verdade" e "Yushchenko".
Yulia Tymoshenko, um dos mais próximos colaboradores de Yushchenko, pediu para que uma coalizão fosse formada no governo. Ele também solicitou aos manifestantes que ficassem em frente ao prédio da Suprema Corte, para "conter a pressão das autoridades."
O presidente polonês, Aleksander Kwasniewski, disse que Yushchenko pode se tornar o próximo presidente, mas a Ucrânia ainda está sob a ameaça de uma guerra civil.
Separatismo
Ontem a região de Donetsk [ao leste], pró-Yanukovich, votou a favor da realização de um referendo no próximo domingo (5) para que a região se torne autônoma em relação ao governo central.
Yanukovich se recusou a apoiar o movimento, e acusou seu rival de levar o país à catástrofe. Yushchenko, por sua vez, disse que eram as autoridades que estavam jogando "com a perigosa carta do separatismo."
Com agências internacionais
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A Suprema Corte ucraniana não dará nesta segunda-feira um veredicto sobre a validade das eleições presidenciais, anunciou um dos juízes sem revelar quando a decisão será conhecida.
"A Corte dá à equipe do primeiro-ministro Viktor Yanukovich até as 10h locais (6h Brasília) desta terça-feira para estudar a situação", declarou o juiz Anatoli Iarema após um pedido neste sentido dos partidários de Yanukovich, discutido ganhador da eleição presidencial do último dia 21.
Nesta manhã, a Suprema Corte da Ucrânia começou a examinar a demanda da oposição, que questiona a vitória de Yanukovich na eleição presidencial. O resultado da análise pode reverter o resultado do pleito e pôr no comando do país o candidato derrotado Viktor Yushchenko.
Alexander Zemlianichenko/AP |
Oposição volta às ruas de Kiev contra eleição ucraniana |
O tribunal analisará as alegações de fraudes na eleição. Yushchenko, que lidera as manifestações populares há uma semana, quer o cancelamento dos resultados e a convocação de uma nova eleição para o dia 12 de dezembro.
"A análise deste caso pode levar desde algumas horas até mesmo muitos dias", disse a secretária de imprensa da Suprema Corte ucraniana, Liana Shlyaposhnikova.
Vinte e um juízes dos cem que compõem a Suprema Corte vão analisar o resultado da votação. Seus nomes serão mantidos em sigilo para que não sofram pressões políticas.
Manifestação
A decisão de examinar o resultado da eleição ucraniana só foi tomada na sexta-feira (26), depois da concentração de manifestantes nas ruas de Kiev [capital ucraniana] por toda a semana.
No dia seguinte à eleição, em 22 de novembro, observadores internacionais das eleições ucranianas disseram que os resultados foram fraudados. O enviado americano, senador Richard Lugar, afirmou que fraudes foram cometidas com a cumplicidade do governo. Segundo Thijs Berman, deputado do Parlamento Europeu, alguns eleitores votaram 40 vezes.
Tanto o governo dos Estados Unidos quanto a União Européia rejeitaram o resultado, que deu a vitória a Yanukovich por vantagem de cerca de 3% dos votos populares.
Tensão
Nesta manhã, mais uma vez milhares de partidários de Yushchenko se reuniram nas ruas de Kiev [capital]. Os manifestantes gritavam "verdade" e "Yushchenko".
Yulia Tymoshenko, um dos mais próximos colaboradores de Yushchenko, pediu para que uma coalizão fosse formada no governo. Ele também solicitou aos manifestantes que ficassem em frente ao prédio da Suprema Corte, para "conter a pressão das autoridades."
O presidente polonês, Aleksander Kwasniewski, disse que Yushchenko pode se tornar o próximo presidente, mas a Ucrânia ainda está sob a ameaça de uma guerra civil.
Separatismo
Ontem a região de Donetsk [ao leste], pró-Yanukovich, votou a favor da realização de um referendo no próximo domingo (5) para que a região se torne autônoma em relação ao governo central.
Yanukovich se recusou a apoiar o movimento, e acusou seu rival de levar o país à catástrofe. Yushchenko, por sua vez, disse que eram as autoridades que estavam jogando "com a perigosa carta do separatismo."
Com agências internacionais
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