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01/12/2004
-
16h16
da Folha Online
O premiê ucraniano e candidato eleito presidente na eleição de 21 de novembro, Viktor Yanukovich, 54, pediu nesta quarta-feira que a Suprema Corte da Ucrânia invalide os resultados em distritos onde seu opositor, Viktor Yushchenko, 50, foi vitorioso.
A informação foi dada pela Justiça ucraniana, citada pela agência de notícias Associated Press.
Não está claro, no entanto, se a corte vai considerar o pedido de Yanukovich e anular o resultado das eleições nos distritos em que ele perdeu o pleito.
O premiê chamou os pedidos de seu opositor por uma nova votação no país inteiro de "movimento político que contradiz a lei".
As regiões do sul e do leste do país, que apóiam Yanukovich, são os locais onde há graves suspeitas de fraudes.
Suprema Corte
Pelo terceiro dia consecutivo, a Suprema Corte se encontrou para analisar o pedido de Yushchenko, sobre a existência de fraudes no pleito.
Também hoje o Parlamento ucraniano aprovou um voto de não-confiança contra o governo de Yanukovich eleito presidente na eleição realizada em 21 de novembro. Ele poderá ser demitido do cargo.
A decisão do Parlamento ocorreu depois de o presidente ucraniano, Leonid Kuchma, ter anunciado seu apoio à realização de uma nova eleição em todo o país e não apenas uma nova votação em alguns distritos.
Se Kuchma seguir o Parlamento, terá que demitir Yanukovich e apontar um novo primeiro-ministro que assumirá o cargo interinamente.
Crise
Segundo analistas, o líder do Parlamento ucraniano, Volodymyr Lytvyn, poderá ser escolhido para o cargo.
Acusações de fraudes nas eleições, que teriam prejudicado Yushchenko deflagraram uma crise no país e levam milhares de ucranianos às ruas de Kiev, capital ucraniana, diariamente.
A Ucrânia está parada há dez dias. No leste, autoridades da região de Donetsk, anunciaram que o referendo para decidir sobre a autonomia da região será votado em 9 de janeiro. O movimento vai transformar a Ucrânia em uma federação.
Maioria
O voto de não-confiança foi aprovado por 229 parlamentares, três a mais do que necessário para que a moção de censura fosse levada adiante. A primeira tentativa de votação foi realizada ontem, mas o número de políticos a favor era inferior ao mínimo necessário.
A sessão ontem acabou sendo interrompida, depois que manifestantes invadiram o prédio do Parlamento.
Membros da oposição, liderada por Yushchenko, foram os primeiros a propor a realização de um segundo turno para resolver a questão da suposta fraude na votação presidencial do 21 de novembro.
Nem a União Européia (UE) nem os Estados Unidos reconheceram o resultado da votação. Observadores internacionais reportaram, nos dias seguintes à votação, a existência de fraudes no processo, principalmente nas regiões no leste do país, onde estão Donetsk e Luhansk.
Ajuda internacional
O presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, viajou nesta quarta-feira de Varsóvia [capital polonesa] para Kiev, para tentar mediar a crise provocada pela eleição.
Kwasniewski declarou na noite de ontem que é favorável à organização, no prazo mais curto possível, de um novo segundo turno presidencial na Ucrânia, se a Suprema Corte considerar fraudulento o resultado do pleito.
Além do presidente polonês, o comissário de política externa da UE, Javier Solana, o presidente lituano, Valdas Adamkus, e o presidente da Duma [Câmara dos Deputados] russa, Boris Gryzlov, estão reunidos em Kiev com Yanukovich, Yuschenko e com o presidente Kuchma.
Kwasniewski está acompanhado do ministro das Relações Exteriores Wlodzimierz Cimoszewicz que viaja a Kiev na qualidade de representante especial do Conselho da Europa.
Com agências internacionais
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O premiê ucraniano e candidato eleito presidente na eleição de 21 de novembro, Viktor Yanukovich, 54, pediu nesta quarta-feira que a Suprema Corte da Ucrânia invalide os resultados em distritos onde seu opositor, Viktor Yushchenko, 50, foi vitorioso.
A informação foi dada pela Justiça ucraniana, citada pela agência de notícias Associated Press.
Não está claro, no entanto, se a corte vai considerar o pedido de Yanukovich e anular o resultado das eleições nos distritos em que ele perdeu o pleito.
O premiê chamou os pedidos de seu opositor por uma nova votação no país inteiro de "movimento político que contradiz a lei".
As regiões do sul e do leste do país, que apóiam Yanukovich, são os locais onde há graves suspeitas de fraudes.
Suprema Corte
Pelo terceiro dia consecutivo, a Suprema Corte se encontrou para analisar o pedido de Yushchenko, sobre a existência de fraudes no pleito.
Também hoje o Parlamento ucraniano aprovou um voto de não-confiança contra o governo de Yanukovich eleito presidente na eleição realizada em 21 de novembro. Ele poderá ser demitido do cargo.
A decisão do Parlamento ocorreu depois de o presidente ucraniano, Leonid Kuchma, ter anunciado seu apoio à realização de uma nova eleição em todo o país e não apenas uma nova votação em alguns distritos.
Se Kuchma seguir o Parlamento, terá que demitir Yanukovich e apontar um novo primeiro-ministro que assumirá o cargo interinamente.
Crise
Segundo analistas, o líder do Parlamento ucraniano, Volodymyr Lytvyn, poderá ser escolhido para o cargo.
Acusações de fraudes nas eleições, que teriam prejudicado Yushchenko deflagraram uma crise no país e levam milhares de ucranianos às ruas de Kiev, capital ucraniana, diariamente.
A Ucrânia está parada há dez dias. No leste, autoridades da região de Donetsk, anunciaram que o referendo para decidir sobre a autonomia da região será votado em 9 de janeiro. O movimento vai transformar a Ucrânia em uma federação.
Maioria
O voto de não-confiança foi aprovado por 229 parlamentares, três a mais do que necessário para que a moção de censura fosse levada adiante. A primeira tentativa de votação foi realizada ontem, mas o número de políticos a favor era inferior ao mínimo necessário.
A sessão ontem acabou sendo interrompida, depois que manifestantes invadiram o prédio do Parlamento.
Membros da oposição, liderada por Yushchenko, foram os primeiros a propor a realização de um segundo turno para resolver a questão da suposta fraude na votação presidencial do 21 de novembro.
Nem a União Européia (UE) nem os Estados Unidos reconheceram o resultado da votação. Observadores internacionais reportaram, nos dias seguintes à votação, a existência de fraudes no processo, principalmente nas regiões no leste do país, onde estão Donetsk e Luhansk.
Ajuda internacional
O presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, viajou nesta quarta-feira de Varsóvia [capital polonesa] para Kiev, para tentar mediar a crise provocada pela eleição.
Kwasniewski declarou na noite de ontem que é favorável à organização, no prazo mais curto possível, de um novo segundo turno presidencial na Ucrânia, se a Suprema Corte considerar fraudulento o resultado do pleito.
Além do presidente polonês, o comissário de política externa da UE, Javier Solana, o presidente lituano, Valdas Adamkus, e o presidente da Duma [Câmara dos Deputados] russa, Boris Gryzlov, estão reunidos em Kiev com Yanukovich, Yuschenko e com o presidente Kuchma.
Kwasniewski está acompanhado do ministro das Relações Exteriores Wlodzimierz Cimoszewicz que viaja a Kiev na qualidade de representante especial do Conselho da Europa.
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