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03/12/2004 - 10h23

Decisão sobre eleição ucraniana deve sair hoje

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da Folha Online

A decisão da Suprema Corte ucraniana sobre a realização de uma nova eleição presidencial no país está prevista para esta sexta-feira. A Justiça analisa as acusações de fraude feitas pela oposição [derrotada] e por observadores internacionais que acompanharam o pleito de 21 de novembro. O atual premiê da Ucrânia, Viktor Yanukovich, 54, obteve 871.402 votos a mais que seu rival eleitoral, Viktor Yuschenko, 50.

Ontem Ruslan Knyazevych, membro da Comissão Central Eleitoral ucraniana, ao apresentar-se à Suprema Corte, declarou que o segundo turno da eleição teve 1 milhão de votos falsificados.

A possibilidade de que o anúncio sobre a eleição seja feito hoje fez com que caravanas de partidários de Yushchenko se dirigissem à capital Kiev, onde milhares de pessoas protestam nas ruas desde o dia 22 de novembro, a favor de Yuschenko, líder da oposição.

A sede do governo ucraniano continua bloqueada nesta sexta-feira pela oposição. Ônibus e microônibus bloqueavam a entrada principal do edifício, cercado por diversos partidários da oposição que impediam a entrada dos funcionários em seus locais de trabalho.

Enfraquecimento

Hoje o Parlamento ucraniano aprovou a retirada dos 1.600 soldados do Iraque. Era necessário que um mínimo de 226 deputados votassem à favor da medida, e 257 parlamentares aprovaram o texto, que não teve votos contrários.

O presidente Leonid Kuchma, 66, foi o responsável pelo envio das tropas ao Iraque.

Ontem Kuchma também foi criticado por sua visita a Rússia, para tratar com o presidente russo sobre a crise na Ucrânia.

"O encontro de Kuchma com Putin foi humilhante para nossa sociedade", disse Mykhailo Melnichuk, deputado do Partido Socialista.

Segundo o deputado Andriy Shkil, a aprovação da retirada dos soldados iraquianos pode aumentar ainda mais a pressão sobre o governo.

No início da semana, o Parlamento votou uma moção de não-confiança contra Yanukovich, o que poderia obrigá-lo a sair do poder. Mas ele se negou a deixar o cargo de primeiro-ministro.

Yanukovich foi muito apoiado por Putin, que chegou até mesmo a felicitá-lo pela vitória antes mesmo da apuração dos resultados finais.

Stepan Havrysh, um dos principais colaboradores do primeiro-ministro, afirmou nesta sexta-feira que qualquer que seja o resultado da corte, será aceito. Entretanto, ele criticou o procedimento adotado, afirmando que "agora a equipe de Yushchenko criou a ilusão de que se eles não puderam vencer na eleição, poderão ganhar no tribunal."

Resposta internacional

O presidente americano, George W. Bush, disse ontem que se a eleição for realizada novamente na Ucrânia, deverá ser "aberta e limpa", além de ser livre da influência internacional.

O presidente também disse que os Estados Unidos monitoram a crise no país e que vão continuar envolvidos no processo. Ele também pediu para que fosse encontrada uma solução pacífica para a crise.

Nem os EUA nem a União Européia reconheceram o resultado da eleição ucraniana.

Com agências internacionais

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