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03/12/2004
-
14h40
da Folha Online
A Suprema Corte ucraniana declarou inválido o resultado da eleição presidencial realizada em 21 de novembro, abalada por acusações de fraude em favor da vitória do atual premiê ucraniano, Viktor Yanukovich.
A nova eleição, com turno único, acontecerá em três semanas, no dia 26 de dezembro. A informação foi dada pelo presidente do júri da Suprema Corte, Anatoly Yarema.
A Justiça analisou durante cinco dias as acusações de fraude feitas pela oposição [derrotada] e por observadores internacionais que acompanharam o pleito. Yanukovich, 54, obteve 871.402 votos a mais que seu rival eleitoral, Viktor Yuschenko, 50, líder da oposição.
Ontem Ruslan Knyazevych, membro da Comissão Central Eleitoral ucraniana, ao apresentar-se à Suprema Corte, declarou que o segundo turno da eleição teve 1 milhão de votos falsificados.
Milhares de partidários do líder da oposição estão reunidos na capital Kiev. Há protestos desde o dia 22 de novembro, a favor de Yuschenko, líder da oposição.
A sede do governo ucraniano continua bloqueada nesta sexta-feira pela oposição. Ônibus e microônibus bloqueavam a entrada principal do edifício, cercado por diversos partidários da oposição que impediam a entrada dos funcionários em seus locais de trabalho.
Enfraquecimento
Hoje o Parlamento ucraniano aprovou a retirada dos 1.600 soldados do Iraque. Era necessário que um mínimo de 226 deputados votassem à favor da medida, e 257 parlamentares aprovaram o texto, que não teve votos contrários.
O presidente Leonid Kuchma, 66, foi o responsável pelo envio das tropas ao Iraque.
Ontem Kuchma também foi criticado por sua visita a Rússia, para tratar com o presidente russo sobre a crise na Ucrânia.
"O encontro de Kuchma com Putin foi humilhante para nossa sociedade", disse Mykhailo Melnichuk, deputado do Partido Socialista.
Segundo o deputado Andriy Shkil, a aprovação da retirada dos soldados iraquianos pode aumentar ainda mais a pressão sobre o governo.
No início da semana, o Parlamento votou uma moção de não-confiança contra Yanukovich, o que poderia obrigá-lo a sair do poder. Mas ele se negou a deixar o cargo de primeiro-ministro.
Yanukovich foi muito apoiado por Putin, que chegou até mesmo a felicitá-lo pela vitória antes mesmo da apuração dos resultados finais.
Stepan Havrysh, um dos principais colaboradores do primeiro-ministro, afirmou nesta sexta-feira que qualquer que seja o resultado da corte, será aceito. Entretanto, ele criticou o procedimento adotado, afirmando que "agora a equipe de Yushchenko criou a ilusão de que se eles não puderam vencer na eleição, poderão ganhar no tribunal."
Resposta internacional
O presidente americano, George W. Bush, disse ontem que se a eleição for realizada novamente na Ucrânia, deverá ser "aberta e limpa", além de ser livre da influência internacional.
O presidente também disse que os Estados Unidos monitoram a crise no país e que vão continuar envolvidos no processo. Ele também pediu para que fosse encontrada uma solução pacífica para a crise.
Nem os EUA nem a União Européia reconheceram o resultado da eleição ucraniana.
Com agências internacionais
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Ucrânia terá nova eleição em três semanas
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A Suprema Corte ucraniana declarou inválido o resultado da eleição presidencial realizada em 21 de novembro, abalada por acusações de fraude em favor da vitória do atual premiê ucraniano, Viktor Yanukovich.
A nova eleição, com turno único, acontecerá em três semanas, no dia 26 de dezembro. A informação foi dada pelo presidente do júri da Suprema Corte, Anatoly Yarema.
A Justiça analisou durante cinco dias as acusações de fraude feitas pela oposição [derrotada] e por observadores internacionais que acompanharam o pleito. Yanukovich, 54, obteve 871.402 votos a mais que seu rival eleitoral, Viktor Yuschenko, 50, líder da oposição.
Ontem Ruslan Knyazevych, membro da Comissão Central Eleitoral ucraniana, ao apresentar-se à Suprema Corte, declarou que o segundo turno da eleição teve 1 milhão de votos falsificados.
Milhares de partidários do líder da oposição estão reunidos na capital Kiev. Há protestos desde o dia 22 de novembro, a favor de Yuschenko, líder da oposição.
A sede do governo ucraniano continua bloqueada nesta sexta-feira pela oposição. Ônibus e microônibus bloqueavam a entrada principal do edifício, cercado por diversos partidários da oposição que impediam a entrada dos funcionários em seus locais de trabalho.
Enfraquecimento
Hoje o Parlamento ucraniano aprovou a retirada dos 1.600 soldados do Iraque. Era necessário que um mínimo de 226 deputados votassem à favor da medida, e 257 parlamentares aprovaram o texto, que não teve votos contrários.
O presidente Leonid Kuchma, 66, foi o responsável pelo envio das tropas ao Iraque.
Ontem Kuchma também foi criticado por sua visita a Rússia, para tratar com o presidente russo sobre a crise na Ucrânia.
"O encontro de Kuchma com Putin foi humilhante para nossa sociedade", disse Mykhailo Melnichuk, deputado do Partido Socialista.
Segundo o deputado Andriy Shkil, a aprovação da retirada dos soldados iraquianos pode aumentar ainda mais a pressão sobre o governo.
No início da semana, o Parlamento votou uma moção de não-confiança contra Yanukovich, o que poderia obrigá-lo a sair do poder. Mas ele se negou a deixar o cargo de primeiro-ministro.
Yanukovich foi muito apoiado por Putin, que chegou até mesmo a felicitá-lo pela vitória antes mesmo da apuração dos resultados finais.
Stepan Havrysh, um dos principais colaboradores do primeiro-ministro, afirmou nesta sexta-feira que qualquer que seja o resultado da corte, será aceito. Entretanto, ele criticou o procedimento adotado, afirmando que "agora a equipe de Yushchenko criou a ilusão de que se eles não puderam vencer na eleição, poderão ganhar no tribunal."
Resposta internacional
O presidente americano, George W. Bush, disse ontem que se a eleição for realizada novamente na Ucrânia, deverá ser "aberta e limpa", além de ser livre da influência internacional.
O presidente também disse que os Estados Unidos monitoram a crise no país e que vão continuar envolvidos no processo. Ele também pediu para que fosse encontrada uma solução pacífica para a crise.
Nem os EUA nem a União Européia reconheceram o resultado da eleição ucraniana.
Com agências internacionais
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